A apreciação parlamentar do PSD e do CDS-PP sobre as alterações ao regime de atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI) é, “na verdade, uma boa apreciação sobre o triste estado da direita portuguesa”, considerou hoje, no Parlamento, o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro.

“Os termos que utilizam neste tema fariam corar de vergonha os democratas-cristãos e os social-democratas, se eles ainda se sentassem em alguma dessas cadeiras”, acusou o parlamentar, dirigindo-se às bancadas da direita.

Tiago Barbosa Ribeiro criticou PSD e CDS por, “do laxismo à preguiça”, lançarem uma “condenação sobre todos aqueles que estão no fim da linha da pobreza mais extrema e que encontram no RSI uma última rede de segurança”.

Segundo o deputado socialista, o objetivo destes dois partidos é “fazer dos pobres o bode expiatório” do radicalismo da direita, “estimulando inveja social e sentimentos primários que em toda a Europa são próprios de forças políticas populistas e demagógicas”.

Tiago Barbosa Ribeiro recordou quando “o PP de Paulo Portas chamava de ‘subsídio à preguiça’” ao RSI, o que é de lamentar, uma vez que “preguiçosa é uma sociedade com níveis intoleráveis de desigualdades e de pobreza, muita dela causada pelas políticas que os senhores defendem e que se perpetuam de geração em geração”.

Para o deputado do PS, esta apreciação de PSD e CDS tem a ver com a sua “guerra ideológica contra o Estado social e contra os seus mecanismos de combate à pobreza”.

“Durante a vossa governação, a pobreza aumentou em todos os escalões e, em especial, entre os jovens. E enquanto isso acontecia, os senhores cortavam apoios a quem deles mais precisavam”, recordou o deputado, falando novamente para PSD e CDS.

Tiago Barbosa Ribeiro salientou que o Governo do PS continuará a trabalhar “em nome de uma sociedade menos desigual”, defendendo que “cada português que já saiu da pobreza e da pobreza infantil com as nossas políticas é um orgulho que nos honra”.