

Acordo à direita foi rasgado em menos de 24 horas
Eurico Brilhante Dias acusou hoje o PSD de “má-fé” por apontar culpas ao Grupo Parlamentar do PS na não-eleição de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República, quando o que falhou foi o acordo à direita com o Chega.
O líder parlamentar do PS em exercício, que intervinha em plenário depois de o candidato do PSD à presidência da Assembleia da República ter sido chumbado com 89 votos a favor, 134 brancos e 7 nulos, e na sequência do anúncio de retirada dessa mesma candidatura, frisou que “o acordo à direita foi apresentado a todo o país”.
“O Grupo Parlamentar do Partido Socialista, nesta nova configuração da Assembleia da República, responsavelmente foi informado pelos meios de comunicação social que havia um acordo à direita e que o Grupo Parlamentar do PPD/PSD iria votar favoravelmente o vice-presidente apresentado pelo Chega”, recordou neste que é o primeiro dia de trabalhos da XVI legislatura.
Para Eurico Brilhante Dias, o que aconteceu é “claro como água”: “Um acordo em que o Grupo parlamentar do PSD vota o vice-presidente e a reciprocidade, pelos vistos, estaria garantida”. E salientou que “o Partido Socialista não foi tido nem achado nos acordos da direita”.
“Aquilo que acontece hoje, aos olhos dos portugueses, é que o acordo à direita não funcionou, o acordo à direita foi rasgado em menos de 24 horas”, vincou.
Por isso, Eurico Brilhante Dias alertou a bancada do PSD que “incluir o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, que enfrentou esta eleição conhecendo esse acordo que garantiria a eleição do senhor deputado José Pedro Aguiar-Branco, é apenas má-fé”.