PS quer audição urgente da Ministra da Administração Interna para esclarecer gestão política do combate ao grande incêndio na Madeira

Sexta-feira, 23 Agosto 2024

PS quer audição urgente da Ministra da Administração Interna para esclarecer gestão política do combate ao grande incêndio na Madeira

O Grupo Parlamentar do PS requereu hoje a audição parlamentar urgente de diversas entidades, designadamente da Ministra da Administração Interna, para esclarecimento sobre a gestão política e dos meios de proteção civil no combate ao grande incêndio na Região Autónoma da Madeira.

De modo a obter um cabal esclarecimento técnico e político sobre a gestão dos meios de proteção civil nos incêndios que continuam a alastrar na Madeira, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista requereu também a audição com carácter de urgência do Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, Tiago Oliveira e do Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Brigadeiro General Duarte da Costa.

O PS quer ainda ouvir o Secretário-geral do Sindicato Nacional da Proteção Civil, José Costa Velho, o Presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (ASPROCIVIL), o Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros de Portugal, António Nunes, e o Diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, Professor Domingos Xavier Viegas.

O GPPS pretende esclarecer com rigor o que se passou quanto à mobilização dos meios nacionais para o combate aos gravíssimos incêndios que persistem na Madeira, designadamente a forma como ocorreu a articulação entre as autoridades nacionais e o Governo Regional, quer nas operações de combate, quer na adoção de medidas preventivas.

Os incêndios que continuam a alastrar nas serras da região abrangem uma área superior a 8000 hectares, consumindo cerca de 14% da área florestal do território e colocando em causa a milenária floresta Laurissilva, património natural da UNESCO, sendo o maior incêndio rural em Portugal no ano de 2024. Nos últimos 20 anos arderam mais de 40 mil hectares.

Perante a gravidade da situação e a necessidade de esclarecimento cabal do ocorrido, o Partido Socialista entende que são devidas explicações aos portugueses.