“Fica a imagem de um homem sem medo, de um humanista, de um homem de enorme sensibilidade e cultura, de um homem empenhado na defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos”, declarou a presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Ana Catarina Mendes, no dia em que “o país está todo de luto” pela morte de Jorge Sampaio.

Manifestando “a profunda tristeza” que o PS sente neste momento em que “perde um dos seus grandes dirigentes”, Ana Catarina Mendes lembrou que Jorge Sampaio se entregou “desde muito cedo às lutas estudantis” e “mais tarde foi advogado dos presos políticos”, numa “vida entregue à militância pela liberdade, pela justiça e pela democracia”.

“Julgo que aquilo que devemos fazer é aquilo que Jorge Sampaio nos disse na homenagem que o Partido Socialista lhe fez em 2019: perante as adversidades, nunca, mas nunca desistir”, asseverou a líder parlamentar do PS em declarações à rádio TSF, e garantiu que, pela sua parte, trabalhará “todos os dias para que a democracia continue a ser regada, para que a liberdade seja uma realidade e para que a defesa dos direitos humanos seja uma causa de sempre e de todos os dias, porque há muito para fazer”.

A líder parlamentar do Partido Socialista recordou depois que Jorge Sampaio “foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Lisboa nunca mais foi a mesma. Foi líder parlamentar do Partido Socialista, demonstrando como é importante o Parlamento como exercício da pluralidade e da liberdade de expressão”.

“E mais tarde, quando deixa de ser Presidente da República, não para e entrega-se à causa quer na Aliança das Civilizações, à necessidade das pontes, dos diálogos para ir ao encontro de uma paz social”, mencionou a dirigente socialista, que frisou o acolhimento dos estudantes sírios, “a quem deu inúmeras oportunidades aqui em Portugal, mostrando que nós somos um país inclusivo e um país que aceita e acolhe todos os que queiram aqui realizar-se”.