
Grupo Parlamentar do PS recomenda ao Governo a construção do novo viaduto de Santana e a requalificação da Ponte Rainha D. Amélia no Cartaxo
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista apresentou um Projeto de Resolução em que recomenda ao Governo que acelere os processos necessários para a construção do novo viaduto de Santana e proceda à requalificação integral da Ponte Rainha D. Amélia, no Cartaxo, acautelando soluções intermédias, a curto prazo, até à conclusão definitiva destas infraestruturas.
A Ponte de Santana, que liga as freguesias de Vila Chã de Ourique e Valada, foi encerrada em fevereiro de 2024 pela Câmara do Cartaxo, após uma inspeção do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) ter identificado anomalias estruturais graves que comprometiam a sua resistência e segurança. Esta decisão veio agravar ainda mais os desafios de mobilidade na região, obrigando os residentes a percursos mais longos e dispendiosos para acederem a serviços essenciais, como saúde, educação e comércio.
No caso da ponte Rainha D. Amélia, que estabelece a ligação entre os concelhos do Cartaxo e Salvaterra de Magos, apesar das intervenções de reforço nos pilares realizadas em abril de 2023, continua a apresentar problemas estruturais que comprometem a sua funcionalidade e impedem o fluxo normal de transportes pesados, essenciais para a atividade económica da região.
Reconhecendo a urgência destes problemas, a Infraestruturas de Portugal (IP) e o Governo já manifestaram a intenção de construir um novo viaduto em Santana para substituir a ponte atual e eliminar a passagem de nível na Linha do Norte, tendo sido anunciado, em junho de 2024, um acordo para a construção desta infraestrutura, com um investimento estimado em 12 milhões de euros e a consignação da obra prevista para 2026. No entanto, apesar desta intenção, as populações continuam a enfrentar dificuldades diárias decorrentes da ausência de soluções imediatas.
Os deputados socialistas eleitos pelo círculo de Santarém, primeiros subscritores do diploma, consideram que “a falta de resposta célere compromete não apenas a segurança e o bem-estar dos cidadãos, mas também o desenvolvimento económico da região, ao dificultar o acesso a mercados e serviços essenciais”.
Para além disso, Alexandra Leitão, Hugo Costa e Lara Lagriminha salientam que “a inexistência de uma infraestrutura adequada impacta negativamente a fixação de empresas e a criação de emprego, tornando a região menos atrativa para novos investimentos”.