

PS quer afirmação da União Europeia como potência de paz
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS João Torres pediu ao Governo para assumir “sem hesitação” o reconhecimento do Estado da Palestina e apelou à construção de uma Europa “mais competitiva, segura e autónoma”.
“Como membro responsável da comunidade internacional, Portugal deve assumir, sem hesitação, a defesa do reconhecimento do Estado da Palestina”, defendeu João Torres no debate preparatório do Conselho Europeu Especial de 26 e 27 de junho.
Os socialistas estão “convencidos de que o reconhecimento do Estado da Palestina será um contributo real para a viabilidade da solução de dois Estados, devolvendo esperança tanto ao povo palestiniano, como ao povo de Israel no que diz respeito à sua própria segurança”, explicou.
Relativamente à agressão russa à Ucrânia, o vice-presidente da bancada do PS considerou tratar-se da “maior ameaça à paz no nosso continente”. Assim, “Portugal deve renovar um apoio firme e inequívoco ao povo ucraniano”, dando “suporte a Kiev tanto no apoio humanitário, como na ajuda militar”.
De acordo com João Torres, a Europa precisa de “continuar a reforçar as capacidades militares conjuntas, fortalecer a indústria europeia de defesa e aumentar o investimento partilhado em segurança”. “As ameaças atuais tornam urgente garantir a prontidão da defesa europeia”, sustentou.
Para o deputado socialista, “num cenário internacional em rápida mudança, a União Europeia deve afirmar-se cada vez mais como potência de paz”.
Mais e melhor Europa
João Torres observou ainda que a prosperidade económica da Europa “anda de mãos dadas com a sua capacidade de competir num mundo cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo”. Com o objetivo de “proteger o nosso modelo social e criar oportunidades de emprego de qualidade, a Europa precisa de explorar novos mercados, designadamente no âmbito do tratado com o Mercosul, de aprofundar o mercado único”, bem como “acelerar a dupla transição – verde e digital”, defendeu.
Perante todos estes desafios, o Partido Socialista acredita que a resposta de Portugal só pode ser uma: “Sempre mais Europa, mas também melhor Europa”.