

PS critica silêncio ensurdecedor do Governo e exige resposta humanitária para famílias em Gaza
O Grupo Parlamentar do PS questionou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, sobre como pretende intervir na salvaguarda da vida de famílias palestinianas que estão retidas na Faixa de Gaza em risco humanitário extremo, e acusou o Governo de um “silêncio ensurdecedor”.
Numa pergunta dirigida ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, a bancada socialista defendeu que, tendo sido identificadas várias famílias que pretendem o apoio do Estado português, deveriam ser tomadas diligências ao nível consular, diplomático ou institucional para encontrar soluções de evacuação e acolhimento humanitário, tal como está a acontecer com outros Estados como França, Espanha, Itália e Roménia.
“O PS reafirma a sua oposição a qualquer recuo na posição de reconhecimento do Estado da Palestina”
Os deputados do PS relatam que lhes têm chegado, por via do Grupo de Apoio a Refugiados Palestinianos em Portugal, testemunhos das “dificuldades sentidas por diversas famílias palestinianas que pretendem abandonar a Faixa de Gaza com o apoio do Estado português, mas que enfrentam, até ao momento, a inação das autoridades nacionais”.
“A cada novo dia, assistimos à deterioração dramática das condições de vida na Faixa de Gaza – marcada por bombardeamentos sucessivos, fome, colapso sanitário e absoluto desespero de um povo fechado em si – sem que se vislumbre uma solução duradoura, política e humanitária”, descrevem.
Reafirmando a sua oposição a qualquer recuo no reconhecimento do Estado da Palestina, o Partido Socialista aponta no documento que as “divergências aparentemente insanáveis entre Estados-membros da União Europeia têm inviabilizado uma posição comum”.
“O reconhecimento do Estado palestiniano não é um gesto simbólico, mas um imperativo político e moral”
“O reconhecimento do Estado palestiniano não é um gesto simbólico, mas um imperativo político e moral e um ato de rejeição dos extremismos e radicalismos e da neutralidade perante a crueldade e a barbárie”, pode ler-se.
O limite que qualquer ser humano pode suportar “há muito que foi ultrapassado”, avisam os socialistas, defendendo que, “perante o silêncio ensurdecedor do Governo português, impõem-se respostas”.