

PS questiona Governo sobre a sua inação perante os fortes constrangimentos nos aeroportos
O deputado do PS Nuno Fazenda endereçou uma pergunta ao ministro da Economia e da Coesão Territorial sobre a “inação” do Governo da AD perante os fortes constrangimentos operacionais nos aeroportos portugueses, questionando que medidas tenciona adotar para mitigar os prejuízos causados à imagem do país e recuperar a confiança dos mercados turísticos internacionais.
Na pergunta, o coordenador dos socialistas na Comissão de Economia e Coesão Territorial tenta compreender como justifica o Governo a “incapacidade demonstrada” para resolver atempadamente os constrangimentos nos principais aeroportos do país, questionando mesmo se tem havido alguma monitorização junto dos países emissores afetados.
O Partido Socialista tem acompanhado “com profunda preocupação” a situação operacional nos aeroportos portugueses, em particular no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e no Aeroporto de Faro, onde se mantêm constrangimentos graves no controlo de fronteiras, com a formação de longas filas que prejudicam milhares de passageiros e projetam uma imagem negativa de Portugal no exterior.
Sublinhando que “o turismo é um setor estratégico para a economia nacional e que uma das principais portas de entrada do país são, precisamente, os aeroportos”, Nuno Fazenda considerou que “o que hoje se vive nos principais aeroportos nacionais está em total contraciclo com a imagem de modernidade, eficiência e hospitalidade que o país procurou construir ao longo de décadas”.
“A resposta governativa tem sido marcada por improvisação, atrasos e inação”
O Governo da Aliança Democrática “teve tempo mais que suficiente para planear com rigor a entrada em funcionamento do novo sistema de controlo de entradas nos aeroportos e para assegurar que o processo decorria com normalidade e eficácia”, uma vez que está em funções há mais de 16 meses, frisou. No entanto, “a resposta governativa tem sido marcada por improvisação, atrasos e inação”, denunciou o socialista.
Na pergunta, recorda-se que, no passado dia 3 de junho, o ministro das Infraestruturas anunciou que os problemas seriam resolvidos no prazo de duas semanas. Passado mais de um mês, persistem relatos de atrasos significativos, como os denunciados pelo presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, que qualificou, em entrevista ao Expresso no passado dia 25 de julho, a situação como ‘o pior momento de sempre do aeroporto de Lisboa’, atribuindo responsabilidades ao Estado, à falta de meios humanos e à má gestão dos serviços públicos no terreno.
De acordo com Nuno Fazenda, “os impactos não se limitam ao desconforto dos passageiros, afetam diretamente o desempenho económico de empresas ligadas ao turismo, desde agências de viagens e hotéis até à restauração, aos transportes e às atividades culturais e de lazer”.
Defendendo a necessidade urgente de uma “atuação coordenada e eficaz”, o deputado do Partido Socialista questionou o ministro da Economia e da Coesão Territorial sobre as medidas concretas que estão planeadas ou já em curso para resolver os problemas operacionais nos aeroportos de Lisboa e de Faro.