

PS questiona ministra sobre como vai repor a confiança nos serviços de saúde a todas as grávidas
O Grupo Parlamentar do PS questionou a ministra da Saúde sobre como pretende repor a tão necessária confiança nos serviços de saúde a todas as grávidas, na semana em que o país ficou a saber, pela comunicação social, que uma jovem grávida deu à luz, em plena rua, no Carregado, depois de ter ligado para a Linha SNS24 e ter-lhe sido dito que fosse de carro até ao hospital, apesar de ser doente de risco.
Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, cuja primeira subscritora é a deputada Susana Correia, coordenadora do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Saúde, os socialistas recordam que a ministra da Saúde prometeu publicamente ao Presidente da República resolver os problemas nas urgências de Obstetrícia e Ginecologia até ao “fim do verão”.
Note-se que, no caso desta jovem do Carregado, após a resposta da Linha SNS 24 foi efetuada uma chamada para o 112, mas quando a viatura médica de Torres Vedras chegou ao local, já o parto tinha ocorrido em plena rua.
Os deputados do PS recordam que, no último ano, o fecho intermitente das urgências de Ginecologia e Obstetrícia, por escassez de especialistas para preencherem as escalas e por falta de planeamento, tem obrigado as grávidas a ter os partos mais longe da sua área de residência, havendo regiões mais afetadas do que outras. Como consequência, só em 2025, e de acordo com dados da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), ocorreram mais de 36 partos em ambulâncias.
Em casos de extrema-gravidade, a ministra da Saúde escuda-se em pedidos de esclarecimento à IGAS
Os socialistas estranham mesmo que a ministra Ana Paula Martins ande desaparecida, não assumindo nunca responsabilidades em casos graves como este. É de salientar que, em casos de extrema gravidade, a governante se escuda em pedidos de esclarecimento à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
De acordo com Susana Correia, “tudo está a falhar na saúde, nem a Linha SNS 24 está a ser um motor de segurança e confiança”.
Assim, o Grupo Parlamentar do PS pergunta à governante quais as medidas tomadas até agora pelo Executivo para resolver os constrangimentos nas urgências de Obstetrícia e Ginecologia.