Nota à Comunicação Social
GPPS apresenta voto de protesto pelas condições indignas do campo de refugiados de Moria
Nota à Comunicação Social
O Grupo Parlamentar do PS apresentou um voto de protesto pelas condições indignas do campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos, destruído quase por completo por um violento incêndio, no dia 9 de setembro, cuja existência considera ser uma “negação clara dos valores humanistas em que assenta o projeto europeu”, que “não deveria ser admitida nem na Grécia, nem em qualquer outro Estado-membro da União Europeia”.
O GPPS defende que, “neste momento difícil para milhares de pessoas, a solidariedade dos Estados-membros da União Europeia deveria ser especialmente intensa, na linha do que aconteceu com Portugal que se disponibilizou para acolher até 1000 refugiados que se encontram nos campos gregos, 500 dos quais menores não acompanhados”.
“Assim, a Assembleia da República lamenta o devastador incêndio ocorrido no campo de refugiados de Moria e deixa o seu protesto pelas condições muito precárias em que os refugiados são obrigados a viver, apelando ainda a que se tirem todas as devidas lições destes trágicos acontecimentos, para que não volte a acontecer nenhuma outra situação idêntica”, lê-se no voto, que será discutido e votado na próxima reunião da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
Subscrito pelos deputados do PS Paulo Pisco, Lara Martinho, Paulo Porto, Diogo Leão, Porfírio Silva, Romualda Fernandes, Raúl Miguel Castro, Edite Estrela, Olavo Câmara, Susana Correia, Carlos Brás e Isabel Oneto, recorda-se no voto que no campo de refugiados de Moria, considerado “o pior da Europa”, “amontoam-se muitas pessoas com grande vulnerabilidade, com destaque para milhares de crianças e mulheres, que fogem das guerras, da pobreza, de ditaduras e perseguições”.
“Moria tornou-se, assim, uma morada quase permanente para muitos e, simultaneamente, um exemplo de desumanidade que tem sido utilizado como argumento de dissuasão para que outros refugiados não se aventurem na travessia do Mediterrâneo”, condena o Grupo Parlamentar do PS, lembrando que, “dada a enorme precariedade do campo”, muitos observadores já vinham advertindo que “seria inevitável que uma tragédia de grandes dimensões mais tarde ou mais cedo viesse a acontecer”.
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 17 de setembro de 2020