Nota à Comunicação Social
Hortense Martins insta países europeus a investirem em cuidados de saúde em territórios de baixa densidade
Nota à Comunicação Social
A deputada do PS Hortense Martins alertou para a necessidade de os países europeus continuarem a prestar melhores cuidados de saúde à população, principalmente nas zonas, do interior ou ditas de baixa densidade, em suma as mais afastadas dos grandes centros urbanos. A socialista falava enquanto moderadora do painel ‘Saúde e Bem-Estar Social’ no segundo seminário regional da União Interparlamentar (UIP) sobre objetivos de desenvolvimento sustentável para os países do Grupo Geopolítico dos Doze Mais da UIP, que decorreu este mês na Assembleia da República, em Lisboa.
A parlamentar frisou que em geral, os “cuidados de saúde europeus estão a melhorar de forma constante” e deu como certo que “a escolha e o envolvimento do doente nos cuidados e nas decisões está a ganhar relevância”. E, neste caso, “Portugal não diferiu deste trajeto, conseguindo atingir os melhores valores nos critérios de resultados da Qualidade em Saúde e na Acessibilidade”, segundo dados de 2017 apurados para os indicadores populacionais, demográficos e de saúde, apontou. Citando os dados mais recentes publicados pelo INE e os dados do último Relatório do Acesso aos Cuidados de Saúde, relativo a 2017, Hortense Martins afirmou que está confirmado que “temos hoje mais acesso, mais recursos e mais financiamento público no setor da saúde. Mas, não podemos iludir, que são cada vez maiores as necessidades, tendo em conta, o envelhecimento, o aumento da esperança de vida e a demografia” em Portugal.
Dando início ao debate sobre ‘Saúde e Bem-Estar Social’, a deputada do PS deixou claro que, “perante o contexto sociodemográfico e os progressos da inovação tecnológica, o sistema de saúde português, no geral, e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em particular, estão a responder, apesar de tudo, com qualidade”. Mas, precisamos de mais. Mais investimento e melhor aplicação e distribuição dos recursos, por forma a melhor a eficiência e a resposta aos cidadãos, acrescenta. “Para os portugueses o SNS é um bem em si mesmo e uma conquista a defender”, recordou Hortense Martins, que salientou a necessidade de se continuar a defender o legado de António Arnaut, lembrando a intervenção do Presidente da AR Eduardo Ferro Rodrigues na abertura deste evento.
Ora, o Governo do Partido Socialista tem trabalhado para que tal aconteça e “fatores como a melhoria da saúde pública, a redução das desigualdades de acesso, o fortalecimento do poder do cidadão no SNS, a modernização da rede de cuidados de saúde primários e a melhoria da gestão dos hospitais” são alguns exemplos que o provam, embora continuem a ser desafios, de acordo com a socialista.
“Programas e medidas como a promoção da alimentação saudável e da atividade física, a redução das taxas moderadoras e a reposição do direito ao transporte não urgente de doentes, o livre acesso e circulação no SNS, a saúde oral e a saúde visual nos cuidados de saúde primários, a hospitalização domiciliária, a diversificação das respostas de cuidados continuados e de saúde mental, o reforço da transparência e da prestação de contas ou a criação do Conselho Nacional de Saúde são a prova de que a inovação, quando aliada à tecnologia e à competência dos profissionais do setor, ajudam inevitavelmente a acelerar o progresso na saúde e, desta forma, garantir que nenhum cidadão seja excluído”, congratulou-se.
No entanto, Hortense Martins deixou o alerta perante parlamentares de várias nacionalidades: “Temos cada vez mais o desafio de continuarmos a prestar melhores cuidados de saúde à população, mesmo nas zonas mais afastadas dos grandes centros urbanos, o que, aliás, foi referido por um deputado francês, mencionando que os médicos optam por se fixar nessas metrópoles, o que provoca uma grande dificuldade de atrair e reter médicos com uma distribuição mais adequada, situação comum a muitos países, como Portugal”. O interior não pode ser esquecido e deve ser sempre debatido com o intuito de se melhorar a vida das pessoas que o habitam. Os Grupos Geopolíticos na UIP são definidos por critérios de natureza geopolítica e coordenam a atuação dos grupos nacionais que os integram. Assumem um papel de extrema relevância no funcionamento da UIP, porque neles se concertam posições e se elegem representantes aos cargos na organização
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 24 de junho de 2019