Nota à Comunicação Social
Margarida Marques apela à abertura da Casa-Museu Vieira Natividade
Nota à Comunicação Social
No ano em que se comemora o primeiro centenário da morte de Manuel Vieira Natividade (1918/2018), a deputada do PS Margarida Marques perguntou ao Ministério da Cultura quando irá abrir a Casa-Museu Vieira Natividade, em Alcobaça, dado que há 26 anos que o Estado português assumiu a responsabilidade da sua abertura ao público. A socialista eleita pelo círculo de Leiria recordou a importância de Manuel Vieira Natividade, “um dos mais notáveis homens da ciência e da cultura de Alcobaça, na transição do século XIX para o século XX”.
“Diplomado em Farmácia pela Universidade de Coimbra em 1886, destacou-se no domínio da Arqueologia e, nesta área, catapultou o nome da sua região e do seu país para uma dimensão que excede as fronteiras nacionais”, frisou. Margarida Marques apontou que do seu trabalho “persistente e sistemático” resultou uma extensa coleção de arqueologia, que integra, por exemplo, objetos datados do período da presença romana em Portugal.
Para além da arqueologia, o seu acervo integra coleções no âmbito da etnografia, artes decorativas e artes plásticas. “Neste último domínio salienta-se uma peça de escultura que reproduz a ‘Roda da Vida’, inscrita na cabeceira do túmulo de D. Pedro”, refere a deputada. “Regista-se também a importância da sua biblioteca e acervo documental, destacando-se o vasto espólio fotográfico com suporte em papel, bem como um extenso e valiosíssimo acervo de negativos de chapa de vidro que corre sérios riscos de se perder definitivamente”, revelou. Neste sentido, Margarida Marques perguntou à tutela quais são as suas intenções em relação à salvaguarda e conservação do “extenso e valiosíssimo” conjunto de negativos em chapa de vidro.
A deputada do PS referiu que “era vontade de Manuel Vieira Natividade que toda a sua coleção fosse doada a um futuro museu de Alcobaça, mantendo-a assim na sua região de origem”. Por conseguinte, também a sua casa foi doada pela sua filha para aí ser instalada a Casa-Museu. Assim, a socialista defende que neste edifício “deverão ser mantidas e expostas ao público, com caráter de permanência, as coleções doadas ao Estado, com a condição de se conservar inalterável o ambiente do escritório de Manuel Vieira Natividade, por constituir um lugar de memória da arqueologia portuguesa”. Margarida Marques sublinhou ainda que no presente ano de 2018 se comemora o Ano Europeu do Património Cultural, acrescentado que decorrem os cem anos sobre a morte de Manuel Vieira Natividade, perfazendo também 26 anos da data em que o Estado assumiu a responsabilidade da abertura da Casa-Museu de Vieira Natividade através do Decreto-Lei 212/92, de 15 de Outubro.
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 22 de maio de 2018