O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, anunciou hoje que o PS vai indicar Marcos Perestrello para vice-presidente da Assembleia da República e salientou que existe um acordo entre o Chega e o PSD para a eleição do presidente da Assembleia da República.

“Depois de tanta separação e distanciamento, na primeira necessidade o PSD e o Chega entenderam-se”, comentou Pedro Nuno Santos no final da reunião da bancada do PS, explicando que “está claro para toda a gente” que existe um acordo para a eleição do candidato do Chega para a vice-presidência da Assembleia da República e, por contrapartida, o Chega valida a escolha do PSD para presidente, José Pedro Aguiar-Branco.

O secretário-geral do PS considerou mesmo que o entendimento entre o PSD e o Chega é “a grande notícia do dia de hoje”, revelando que o Partido Socialista não foi contactado “nem pelo líder da AD, nem pelo líder parlamentar do PSD” para chegarem a acordo sobre o candidato do PSD para presidente da Assembleia da República.

“A maioria de direita que hoje temos no Parlamento, de facto, existe quando é necessário”, apesar das tentativas por parte do PSD de a negar, sustentou Pedro Nuno Santos, alertando que “não vale a pena estarmos a fazer de conta que não existe uma maioria de direita que se entende”.

O secretário-geral socialista frisou que “o PS está na oposição” e garantiu que continuará a “apresentar soluções para os problemas dos portugueses”.

E deixou uma certeza: “A vitória da AD não significa que passaram a ter as boas soluções para o país, as soluções que a AD tem para o país continuam a ser erradas e o Partido Socialista vai fazer o seu trabalho”.