No encerramento do XX Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, Alexandra Leitão fez um apelo firme à união dos trabalhadores contra a desregulação laboral e a privatização dos serviços públicos. “Quando se desregula o mercado laboral, são sempre os trabalhadores que perdem. Sempre!”, afirmou, sublinhando a necessidade de fortalecer o movimento sindical como principal linha de defesa contra retrocessos nos direitos laborais.

A deputada e Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista destacou o compromisso do PS com a Agenda do Trabalho Digno, que visa combater a precariedade, valorizar os salários e assegurar a conciliação entre a vida pessoal e profissional. “Direitos como férias, saúde e igualdade salarial são conquistas históricas que não deixaremos recuar”, garantiu. Reiterou ainda que o PS votará contra autorizações legislativas que pretendam fragilizar os direitos dos trabalhadores, assegurando que as medidas do Governo passem pelo crivo do Parlamento.

Criticando o discurso populista e divisivo da extrema-direita, Alexandra Leitão defendeu a inclusão e a solidariedade. “Não embarquemos no discurso de que os imigrantes roubam empregos. Esse é o discurso da extrema-direita, e não o da social-democracia e dos socialistas”, declarou, alertando para a necessidade de unir trabalhadores, independentemente da sua origem.

No plano dos serviços públicos, a Presidente do Grupo Parlamentar denunciou a deterioração da saúde e educação desde a tomada de posse do atual Governo, associando esta degradação à intenção de entregar estas funções essenciais do Estado aos privados. “Quando o INEM funciona mal, dizem ‘privatizemo-lo’; quando faltam médicos de família, optam por unidades de saúde modelo C. É assim que a direita quer acabar com os serviços públicos tal como os conhecemos”, acusou.

Alexandra Leitão concluiu o discurso reafirmando a relevância do sindicalismo e da ação coletiva, que devem ser empoderados e responsabilizados no processo de negociação com os empregadores. “É o trabalho conjunto dos sindicatos que garante dignidade nas carreiras, nos salários e nas condições laborais. Só assim podemos lutar por uma sociedade mais justa”, sublinhou, reforçando o papel do PS como aliado dos trabalhadores.