

Alimentação saudável tem de se estender a berçários e creches
A deputada do PS Fátima Correia Pinto defendeu hoje que se acabe com a lacuna na lei quanto à alimentação em berçários e creches, criando ementas adequadas para a promoção de hábitos alimentares saudáveis, à semelhança do que já acontece nos jardins de infância e escolas.
Durante a apresentação do projeto de resolução do PS, Fátima Correia Pinto sublinhou que “o ambiente em que as crianças estão inseridas desempenha um papel determinante na formação das preferências alimentares e é precisamente por essa razão que as creches e os berçários – espaços onde as crianças passam um período considerável do seu dia e onde fazem grande parte das suas refeições – assumem um papel muito relevante na promoção de uma alimentação saudável”.
Recordando que “em relação à alimentação em jardins de infância e escolas já existem diretrizes bem definidas, com um papel determinante do Ministério da Educação que vem investindo progressivamente na saúde alimentar das crianças e jovens”, a socialista frisou que, “no que respeita aos berçários e às creches, existe uma lacuna”.
Assim, o Grupo Parlamentar do PS recomenda “a adoção de medidas que promovam a criação de ementas adequadas para estas instituições, respeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde, da Direção-Geral de Saúde e de outros órgãos de saúde de referência, e elaboradas em conjunto com profissionais na área da nutrição”.
“Todas as medidas de combate à obesidade infantil e de promoção de hábitos alimentares saudáveis são, acima de tudo, um investimento no futuro das nossas crianças e na saúde das próximas gerações”, sustentou.
Fátima Correia Pinto defendeu, em seguida, não fazer sentido que “alimentos proibidos em escolas possam ainda ser consumidos por bebés e crianças em creches, pelo que é também fundamental limitar a utilização de produtos prejudiciais à saúde nas ementas das creches e berçários”.
Para combater o uso de alimentos ultraprocessados, que são muitas vezes mais acessíveis que os alimentos saudáveis, a bancada do PS sugere a “inclusão de produtos locais e cadeias curtas de comercialização, como forma de promover a aproximação entre agricultores, produtores e instituições de forma a garantir uma alimentação diversificada e saudável”.