Eurico Brilhante Dias alertou para a despesa na área da saúde, que está “absolutamente descontrolada”, e defendeu que há uma “suborçamentação clara”.

Depois de ter sido hoje noticiado que os pagamentos em atraso no Serviço Nacional de Saúde (SNS) atingem o valor mais alto dos últimos sete anos, o presidente do Grupo Parlamentar do PS considerou ser uma notícia “particularmente grave”, estando em causa um “conjunto acumulado de mais de 600 milhões de euros de faturas por pagar a fornecedores”.

“É o desgoverno absoluto”, criticou Eurico Brilhante Dias, recordando que, “em dois anos, passámos de uma situação equilibrada, em julho de 2023, para, em julho de 2025, termos menos 685 milhões de euros no SNS, pagamentos em atraso, suborçamentação, descontrole da despesa”.

Para o líder parlamentar do PS, “isto é bem demonstrativo de como o país está a ser governado na saúde”. Por isso, o Partido Socialista irá insistir na área da saúde numa altura em que se debate o Orçamento do Estado para 2026 no Parlamento.

“Há uma suborçamentação clara na área da saúde. O Orçamento de 2026 já reflete essa suborçamentação. A despesa está descontrolada no Serviço Nacional de Saúde e, por isso, este Orçamento deve refletir também medidas que permitam a boa orçamentação e o controlo”, defendeu.

É necessária uma “atenção particular à despesa na saúde, que está absolutamente descontrolada”, vincou Eurico Brilhante Dias.