O deputado do PS António Mendonça Mendes defendeu que o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, é uma das “pessoas mais qualificadas” para o cargo e considerou que seria necessária “muita justificação” para não ser reconduzido para um segundo mandato.

Em declarações à comunicação social, António Mendonça Mendes frisou que “Mário Centeno é, provavelmente, das pessoas mais qualificadas em Portugal e seria necessária muita justificação, ou uma justificação muito plausível, para a sua não recondução”.

O socialista teceu um elogio ao governador do Banco de Portugal, antigo ministro das Finanças no Governo de António Costa: “É uma pessoa reconhecida pelos portugueses e, em particular, pelo setor que supervisiona, como alguém muito competente, muito rigoroso e muito independente na sua função”.

Sublinhando que Mário Centeno “não esconde o seu pensamento”, António Mendonça Mendes vincou que “nunca, em nenhuma circunstância, exerce o seu mandato para além daquilo que é a sua obrigação”.

O deputado do Partido Socialista reagiu depois às declarações do líder do Chega, que pediu, na passada sexta-feira, uma audição na Assembleia da República do governador do Banco de Portugal, acusando-o de ter guardado as previsões económicas para depois das eleições com o intuito de favorecer o Governo da AD. “A ignorância é muito atrevida”, criticou.

António Mendonça Mendes salientou que o Banco de Portugal é uma “entidade independente e muito respeitada” e, em 2023, em 2024 e em 2025, publicou sempre o seu Boletim Económico em março, junho, outubro e dezembro.

“O Banco de Portugal divulga o seu Boletim Económico nas datas que estão previamente definidas. Portanto, quem desconhece isso, naturalmente que depois se atreve a dizer coisas que não correspondem à verdade”, sustentou.