
Deputados do PS questionam ministra da Saúde sobre partos nas ambulâncias
Os deputados socialistas questionaram ontem a ministra da Saúde sobre o número de partos realizados em ambulâncias desde o início do ano até agora, por tipo de transporte efetuado: doentes urgentes e emergentes efetuados através do INEM, ou pelas associações e corporações de Bombeiros.
Os deputados pedem a clarificação dos dados à ministra da Saúde, já que os números vindos a público referem-se a 40 partos realizados em ambulâncias desde janeiro até setembro deste ano, mas a ministra, na audição realizada no dia 2 de outubro, na Comissão de Saúde, afirmou que apenas teriam ocorrido 19 partos nestas condições. Ambos os valores são, contudo, superiores aos 13 partos ocorridos em ambulâncias durante o ano de 2023.
Na pergunta enviada, os parlamentares afirmam que os encerramentos dos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia aumentaram 40%, bem como a distância percorrida pelas grávidas, que chegou a ser superior a 100km para encontrarem um serviço de urgência aberto.
“O verão de 2024 foi particularmente penoso para as grávidas que necessitaram de aceder aos serviços de urgência de Obstetrícia. Foi público e do conhecimento generalizado, através dos órgãos de comunicação social, que a situação nesta área se agravou quando comparado com período homologo”, sublinham os deputados na pergunta assinada por João Paulo Correia, Manuel Pizarro, Susana Correia e Fátima Correia Pinto, Irene Costa, Sofia Andrade, Ana Abrunhosa e José Rui Cruz.
O aumento da realização de partos em ambulâncias contrasta com o Plano de Emergência e Transformação na Saúde, apresentado pelo Governo, no qual está contemplada a criação da linha SNS Grávida e mais um conjunto de medidas cujo objetivo seria criar um ambiente seguro para o nascimento e para as mulheres durante a gravidez.