

Governo da AD escolhe sempre recuar nos assuntos importantes para o país
A vice-presidente da bancada do PS Sofia Pereira criticou o “retrocesso deliberado” do Governo da AD, que decide piorar a vida dos portugueses “sem se preocupar com as consequências”.
Durante a Comissão Permanente desta tarde, Sofia Pereira comentou que quem ouve as intervenções do PSD e do CDS, quase acredita que “Luís Montenegro e Hugo Soares são os nossos estadistas prometidos”. No entanto, “revelam-se uns falsos profetas”, uma vez que “anunciam uma redenção e entregam sempre retrocesso”, assegurou.
A verdade é que o país estava melhor quando “podíamos acumular a devolução das propinas com o IRS Jovem”, ao invés de podermos escolher apenas um, como agora acontece, defendeu.
Sofia Pereira afiançou que o país também estava melhor quando “quem perdia um filho antes de nascer tinha três dias pagos de luto – simples e imediatos” –, quando agora essa “dor é transformada em burocracia”.
A socialista criticou o Governo por querer descriminalizar o trabalho não declarado, deixando impunes os abusos aos trabalhadores. Antes, “o trabalho não declarado era crime, punido para proteger trabalhadores e empresas honestas”, recordou.
Dirigindo-se às bancadas do PSD e do CDS, a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS garantiu que “estamos cada vez pior”, acusando o Governo de “devolver as cidades à especulação, deixando as rendas subir a cada trimestre”. “Este Governo, nos assuntos que importa, escolhe sempre recuar”, sublinhou.
“A vida está mais cara e este Governo escolhe sempre o mesmo caminho para as pessoas, que é agravar as suas vidas”, lamentou a socialista, que falou num “retrocesso deliberado de um Governo que decide piorar ainda mais a vida dos portugueses sem se preocupar com as consequências”.
De acordo com Sofia Pereira, “o aumento brutal do custo de vida exigia mesmo uma maior intervenção do Estado na habitação para baixar as rendas e os preços; exigia menos custos para a educação; exigia mais direitos laborais num mercado de trabalho onde os trabalhadores são sucessivamente espremidos”.