

Governo e PS respondem ao “alarmismo da direita” com a palavra “trabalho”
A deputada do Partido Socialista Joana Sá Pereira salientou hoje, no Parlamento, as medidas adotadas pelo Governo durante o mês de fevereiro, que fizeram com que o país ultrapassasse o “período mais difícil” da pandemia, e garantiu que o “trabalho” é a única resposta que pode ser dada aos “alarmismos da direita”.
Fevereiro “foi um dos meses mais duros da nossa vida coletiva e foi também o período em que uma certa oposição nos quis apresentar como o pior dos piores de todos os países”, começou por afirmar a socialista, durante o debate sobre os relatórios da aplicação do estado de emergência nos períodos de 31 de janeiro a 14 de fevereiro e de 15 de fevereiro a 1 de março.
Admitindo que Portugal atingiu “níveis elevados de infeções por Covid-19”, que se perderam “mais vidas” e que o “Serviço Nacional de Saúde se aproximou perigosamente do seu limite de capacidade de resposta”, Joana Sá Pereira destacou que a culpa não foi do Natal, “mas antes do surgimento de novas estirpes, mais contagiosas, e que, desta vez, tinham atingido primeiro o nosso país que todos os outros”.
“Na altura, esta linha argumentativa foi desconsiderada, foi muitas vezes ridicularizada, mas hoje sabemos que os países mais próximos estão agora a enfrentar as dificuldades que nós já enfrentámos e já superámos”, asseverou a socialista, que garantiu que Portugal manifesta “a esses países o mesmo espírito de solidariedade que tiveram connosco”, o “espírito europeu”.
Com o período “mais difícil” já ultrapassado, tornou-se claro que “os sacrifícios valeram mesmo a pena”, frisou a parlamentar, que deixou um resumo do que foi feito na área da saúde: “Aumentámos a resposta assistencial, aumentámos a capacidade de testagem e laboratorial, intensificámos o processo de vacinação, ampliámos os recursos humanos em toda a linha do SNS, e isto procurando reforçar a recuperação da atividade não assistencial da Covid-19”.
Relativamente à proteção do emprego, “alargámos os apoios já previstos, permitindo que os cidadãos e as empresas resistissem a este momento de maior fragilidade”, acrescentou.
Ora, de acordo com Joana Sá Pereira, “esta resposta dada em fevereiro permite-nos continuar a ter esperança no futuro”. O processo de desconfinamento já foi iniciado, “com muita prudência”, e estamos a “aproximar-nos de um milhão e meio de pessoas com a primeira dose da vacina”. “Estamos a regressar à escola, os nossos professores e auxiliares vão já começar a ser vacinados”, apontou a socialista.
Sublinhando que “há um ano era impensável que tivéssemos neste momento vacinas disponíveis e que estivesse em marcha um processo que garantirá nos próximos meses a vacinação de 70% da nossa população”, Joana Sá Pereira assegurou que “ao alarmismo da direita nós respondemos apenas com uma palavra – trabalho”.
“Há um país que temos de recuperar e um partido que sabe como se recupera. Como em 2015, sem hesitações: recuperar empregos, recuperar o investimento, recuperar a competitividade e recuperar a esperança”, concluiu.