

Governo está a travar a fundo no desporto
O deputado do PS Miguel Costa Matos criticou hoje o Governo por querer dar a entender que fez um grande aumento na verba orçamental para o desporto quando, na verdade, “houve mesmo um corte”.
Miguel Costa Matos destacou, na audição do ministro dos Assuntos Parlamentares no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, que o Governo apresentou primeiro um corte na verba orçamental e depois veio dizer que iria ser corrigido.
“A verdade é que não houve nenhuma correção”, mas hoje, durante a audição do governante, o PSD e o CDS anunciaram que avançarão com uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para retificar a verba inscrita pelo Executivo e elevar para 54,4 milhões de euros a dotação da área do desporto.
“No ano passado, o aumento da verba do desporto foi 12,5% e, este ano, é de 8,5%”
Com a agravante de, em entrevista à Rádio Renascença, “o líder parlamentar do PSD ter garantido que o PSD não iria corrigir o valor destas verbas, porque seria o Governo a corrigir”, recordou Miguel Costa Matos.
Por isso, “é com grande surpresa” que os socialistas veem este anúncio do PSD e do CDS, admitiu o socialista, que comentou que, “afinal, a margem orçamental existe e o líder parlamentar do PSD foi mesmo obrigado a voltar atrás com a sua palavra”.
Para comprovar que o aumento para o desporto tem uma margem curta, Miguel Costa Matos frisou que, “no ano passado, o aumento da verba do desporto foi 12,5% e, este ano, é de 8,5%”.
“Portanto, o que este Governo está a fazer para o desporto não só é uma tentativa de cortar, como depois de repor a verba. Na verdade, estão a travar a fundo no desporto”, alertou.
Da audição desta tarde fica claro que a AD só está a corrigir os valores para o desporto “porque o PS denunciou” e que, “afinal, houve mesmo corte”, sintetizou o deputado do Partido Socialista.
Miguel Costa Matos acrescentou que quando o Executivo “pinta um cenário negro do desporto em Portugal”, é possível concluir que “este é um Governo desfasado com o setor, que não tem orgulho e não sabe reconhecer o trabalho e o mérito dos nossos dirigentes desportivos e dos nossos atletas”, algo que se “reflete muito bem na proposta de Orçamento que apresentam”.