Deputado do PS alerta para perigo de antena de telecomunicações perto de escola e lar de idosos

O deputado do Partido Socialista Nuno Sá mostrou-se preocupado com a instalação de uma antena de telecomunicações no terreno do Lar de Idosos S. João de Deus, na freguesia de Gavião, em Vila Nova de Famalicão, que também está perto da Escola Básica 2/3 D. Maria II. O socialista eleito pelo círculo de Braga alertou o Governo que existem certamente outros locais para instalar a antena que fiquem longe de “centenas de crianças e de um lar de idosos”. 

A antena, instalada em dezembro de 2019, “foi colocada a cerca de cinco metros do muro de vedação que a separa da Escola Básica 2/3 D. Maria II, com cerca de 700 alunos” e, segundo a Direção-Geral da Saúde, emite a máxima radiação “entre a distância de 50 e 200 metros, exatamente o local onde estão instalados os edifícios e os recreios da escola”, refere a pergunta que o parlamentar enviou ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação, ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e à ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações). 

Nuno Sá, que partilha da preocupação com a comunidade educativa com a saúde de todos, principalmente das crianças, lembra que uma resolução do Conselho da Europa “exorta todos os Estados-membros da UE a aplicar os Princípios da PRECAUÇÃO (mais vale prevenir do que remediar) e ALARA (radiação eletromagnética tão baixa quanto razoavelmente possível)”. 

O deputado socialista salientou que tem havido várias manifestações por parte de encarregados de educação, alunos, professores, assim como várias entidades e responsáveis públicos contra a instalação da antena naquele local “pelos perigos que pode representar, sendo evidente para todos que podem bem ser encontrados outros espaços para a sua localização”. 

“Apesar da enorme contestação e clima de conflito social, a antena de telecomunicações irá entrar em funcionamento, porque no dia 21 de fevereiro do corrente ano o presidente da Câmara Municipal confirmou que vai manter o despacho de 20 de maio de 2019 e o alvará, que emitiu no dia 6 de agosto de 2019, que permite o funcionamento e instalação da antena de telecomunicações”, lamentou. 

Para além da radiação, também a ausência de estudos de acumulação preocupa a comunidade educativa, já que à antena se juntam 700 alunos com telemóveis, mais os professores e funcionários, a rede wi-fi e um poste de média e baixa tensão. 

O deputado Nuno Sá asseverou, assim, que “as entidades e responsáveis por esta matéria não podem ficar absolutamente insensíveis ao que as populações transmitem”, já que a “população está progressivamente a ser exposta, de forma permanente, crescente e involuntária a diferentes campos eletromagnéticos”. 

“Esta é uma questão de regulação, de educação e de saúde pública que afeta toda a comunidade educativa e o estabelecimento de ensino, mas também de uma forma geral toda a população”, sublinhou.

Gabinete de Imprensa GPPS

Lisboa, 09 de março de 2020