Nota à Comunicação Social
Deputados do PS querem medicamento para ‘doença dos pezinhos’ no interior do país
Os deputados do PS eleitos pelo círculo de Castelo Branco, Hortense Martins e Eurico Brilhante Dias, e a coordenadora socialista em matérias de saúde, Luísa Salgueiro, defenderam junto do Ministério da Saúde a disponibilização de um medicamento para doentes que sofrem de Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF) ou paramiloidose, normalmente designada por ‘doença dos pezinhos” no centro do país.
A sugestão consta de uma pergunta feita ao Governo ao abrigo do regimento parlamentar onde os deputados lembram que se trata de uma doença hereditária, que atinge cerca de metade dos descendentes das famílias afetadas e manifesta-se, habitualmente, na terceira década de vida. “Os doentes, apesar de muito jovens, ficam gravemente diminuídos na sua capacidade de trabalho e na sua autonomia”, clarificam.
Para além do transplante hepático, um dos meios para parar a progressão da doença, há também a opção de terapêutica por via de fármaco oral, denominado Tafamidis (Vyndaqel©), único no mercado, aprovado em 2011 e que permite, com um comprimido diário, atrasar a progressão da doença, aumentar a esperança e a qualidade de vida dos doentes.
O problema, lembram os socialistas, é que o medicamento só é disponibilizado no Hospital de Santo António, no Porto, face à maior incidência da doença nesta região. “Acontece que, embora a paramiloidose tenha sido descrita pela primeira vez na população portuguesa e na zona da Póvoa do Varzim, encontram-se hoje identificados casos, por toda a zona norte e centro litoral do país”, advertem, frisando sobretudo o caso de Unhais da Serra, na Covilhã, onde “existe um núcleo expressivo de doentes portadores desta mutação genética que, de forma recorrente, expressaram já o seu desagrado com esta forma de distribuição do fármaco Tafamidis, devido aos constrangimentos das viagens que tem de realizar para puderem ter acesso ao mesmo”.
Os deputados estão preocupados com o transtorno destas deslocações mensais de doentes de todo o país ao Porto, que implica avultados custos e por isso perguntam ao Ministério tutelado por Adalberto Campos Fernandes, se considera “a possibilidade de, por forma controlada e respeitando todos os requisitos legalmente previstos, este mesmo fármaco ser distribuído, para outros hospitais e farmácias do país, mais próximos das populações que dele necessitam, por exemplo na Covilhã, de modo a evitar os transtornos das viagens mensais ao Hospital de Santo António, no Porto”.
Os melhores cumprimentos,
Gabinete de Imprensa GPPS