Nota à Comunicação Social
Deputados socialistas requerem audição da ministra do ambiente sobre aumento dos preços da eletricidade para o segmento não doméstico
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista requereu hoje a audição da ministra do Ambiente e Energia a propósito do aumento dos preços da eletricidade no segmento não doméstico e com o objetivo de que a governante apresente o ponto de situação dos projetos de energias renováveis na Siderurgia Nacional e clarifique as regulações nacionais e europeias em matéria energética.
Os parlamentares justificam o pedido com o facto de a Megasa, sociedade que detém a Siderurgia Nacional, ter anunciado a paragem forçada das suas fábricas de aço no Seixal e na Maia, entre os dias 26 e 28 de novembro de 2024, alegando que foi a “duplicação do preço de mercado da energia” que “forçou” a interrupção da produção e, que “o escalar do preço da eletricidade tem estado a impossibilitar o regular funcionamento das unidades fabris em Portugal”.
Segundo o boletim de comparação de preços de eletricidade, 1.º semestre de 2024, publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), verifica-se que “durante o 1.º semestre de 2024, Portugal registou um aumento dos preços de eletricidade no segmento não doméstico, de 19% face ao semestre homólogo de 2023”.
A administração da Megasa afirma que tem procurado “ativamente soluções para desligar o custo de eletricidade do custo do gás natural e implementar, através de investimento próprio, projetos em regime de autoconsumo renovável, que lhe garantam, ao mesmo tempo a descarbonização da eletricidade consumida e custos compatíveis com a sua competitividade internacional”, dando como exemplo a criação de um parque fotovoltaico com 8.000 painéis solares na fábrica da Maia. Acresce que, a Megasa prevê um “risco real de agravamento da situação e consequente inviabilização desta indústria”.
Considerando que se trata da maior indústria eletrointensiva em Portugal, que gera 700 empregos diretos, mais 3.500 indiretos e exporta, anualmente, o equivalente a 900 milhões de euros”, tal previsão acarreta uma enorme preocupação ao Grupo Parlamentar do Partido Socialista, pelo que decidiu solicitar a presença da ministra da tutela para esclarecer este tema.
Gabinete de Imprensa do GPPS
03 de dezembro de 2024