Nota à Comunicação Social
Fernando Jesus critica CGD por cobrar cada vez mais aos clientes e perdoar dívidas a grandes empresas
Nota à Comunicação Social
O deputado do PS Fernando Jesus considerou que a alteração do preçário de comissões e despesas na Caixa Geral de Depósitos (CGD) não se “coaduna com os princípios pelos quais se devem pautar um banco público”. A acrescentar a estas mudanças, que entrarão em vigor a partir de 25 de janeiro de 2020, o parlamentar lamenta o eventual acordo entre o banco e a Maló Clinic para o perdão de uma dívida de cerca de 30 milhões de euros.
O socialista eleito pelo círculo do Porto recordou que a CGD “tem assumido que a sua missão, enquanto banco público, passa por contribuir para o crescimento económico de Portugal, designadamente no que diz respeito ao incremento da poupança nacional e no apoio ao empreendedorismo”.
De acordo com Fernando Jesus, a missão da CGD não corresponde às novas políticas do banco, em que a conta mais básica “terá mensalidade superior, levantar dinheiro ou atualizar a caderneta ao balcão também será mais caro, as transferências ‘MB Way’ passam a ser cobradas, e o processamento da prestação do crédito à habitação terá um encargo superior ao atual”.
“Todavia, o mais impressionante é o facto de a Caixa Geral de Depósitos deixar de isentar as contas de serviços mínimos bancários e passar a cobrar uma comissão mensal superior à média de outros bancos”, critica.
Numa pergunta dirigida ao Ministério das Finanças, o deputado do Partido Socialista recorda as notícias divulgadas recentemente que dão conta de um “eventual acordo entre a Caixa Geral de Depósitos e a Maló Clinic, prevendo um perdão de dívida no valor de 30 milhões de euros”.
“Caso se confirmem os termos deste acordo, é verdadeiramente surpreendente – mesmo chocante – que a política exercida pela Caixa Geral de Depósitos seja caracterizada de uma forma tão diferenciada e injusta, cobrando cada vez mais aos clientes com menos recursos e perdoando valores astronómicos às grandes empresas”, atacou.
Assim, Fernando Jesus questionou se a tutela tem conhecimento da alteração do preçário de comissões e despesas da CGD, bem como dos respetivos fundamentos. O socialista quer saber que medidas o Governo prevê tomar para contrariar este tipo de gestão do banco público.
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 15 de outubro de 2019