Hortense Martins pede consenso entre partidos para executar projetos da ferrovia em andamento

A deputada do PS Hortense Martins recordou, na passada sexta-feira, que o Plano Nacional de Investimentos (PNI) está, neste momento, em discussão na Assembleia da República e deixou um apelo a todas as bancadas para se construir um consenso, incluindo “naturalmente” a ferrovia. 

Durante o debate, no Parlamento, sobre o Plano Ferroviário Nacional, marcado pelo Bloco de Esquerda, Hortense Martins não deixou de criticar a intervenção do PSD, “que revela um completo desnorte”. Os sociais-democratas demonstram-se “tão fleumáticos” quando estão na oposição, mas nada fazem quando são Governo, atacou. “É apelo ao empobrecimento, apelo à emigração e assim contentam o país”, lamentou a socialista. 

“Não podemos permitir que tentem reescrever a história e, com este cenário de teatro aqui, no Parlamento, se tentem credibilizar”, asseverou a parlamentar eleita pelo círculo de Castelo Branco.

Hortense Martins dirigiu-se mais uma vez à bancada da direita para alertar que o debate sobre a ferrovia “devia ser sério”. Lamentando este eleitoralismo por parte da oposição, a deputada recordou que o Governo do Partido Socialista tem apostado na ferrovia, um importante elemento para o futuro do país, tendo mesmo lançado um “plano de descarbonização e de neutralidade carbónica”. 

A socialista deixou também uma crítica ao projeto de lei do Bloco de Esquerda, que ignora tudo o que o Executivo tem vindo a fazer no plano ferroviário, “tentando fazer de novo”. “Uma discussão destas não pode ser separada também da responsabilidade e da necessidade de priorização programática, e é por isso que, sem prejuízo de debatermos e planearmos o país, devemos concretizar-nos neste momento e concentrar-nos a executar o que já está planeado”, frisou. 

Seis milhões de euros de investimento 

E enumerou alguns projetos que já estão delineados: o Plano Ferrovia 2020, a linha do Minho, a linha do Norte, a linha do Douro, o corredor internacional Norte e o corredor internacional Sul. “Temos este plano em curso, o que não pode ser menorizado”, sublinhou. 

Assim, “temos mais de dois mil milhões de investimento neste plano, a que acresce mais quatro mil milhões no PNI, e temos ainda outros instrumentos que se coordenam com este, como o Roteiro para a Neutralidade Carbónica e o PT 2030”, explicou. 

Hortense Martins recordou que “a linha da Beira Baixa estava parada há mais de uma década e foi este Governo que retomou a sua eletrificação, que já está em curso na Covilhã e na Guarda e ligará à concordância das linhas da Beira Alta”. 

A parlamentar do PS admitiu, no entanto, que ainda é necessário investir na CP e na EMEF, quer a nível de capital, quer de recursos humanos

Gabinete de Imprensa GPPS 

Lisboa, 06 de maio de 2019