Nota à Comunicação Social
Júlia Rodrigues defende período de transição de três anos letivos para alunos do Colégio da Torre Dona Chama
“A criação de condições efetivas no ensino público tem forçosamente um período de transição de pelo menos três anos letivos, de forma a garantir a estabilidade de ensino para os alunos”, alertou a deputada do PS Júlia Rodrigues, defendendo que tal deve acontecer para os alunos dos concelhos de Mirandela, Vinhais e Macedo de Cavaleiros, “que até agora recorriam no Colégio da Torre de Dona Chama para frequência do terceiro ciclo do ensino básico e ensino secundário”. A parlamentar, eleita pelo círculo de Bragança, lembra que, deste modo, se evita a deslocação destes alunos para a Escola Secundária de Mirandela, que dista 34 km da Vila da Torre Dona Chama.
Júlia Rodrigues mencionou este caso devido à nova política educativa no que respeita aos contratos de associação, na sua generalidade em zonas próximas dos grandes centros urbanos. Ora, “a realidade destes colégios e ensino particular é bem distinta” do Colégio da Torre de Dona Chama, que se encontra no interior do país, no distrito de Bragança, sublinhou.
| “Neste contexto, e apesar da defesa acérrima do ensino público, entende-se existirem situações específicas, como tem dito o senhor primeiro-ministro, para se tratar diferente o que é diferente num país com assimetrias evidentes entre interior ou zonas desfavorecidas e o litoral”
A deputada socialista referiu que “a Vila da Torre Dona Chama viveu, ao longo das últimas décadas, com a complementaridade entre o ensino público, agora integrado no Agrupamento de Escolas de Mirandela, e o ensino privado, Colégio da Torre de Dona Chama”. Este colégio “sempre foi uma alavanca de desenvolvimento local, numa zona de interior fortemente desertificada, contribuindo para a criação de postos de trabalho, assegurando atualmente sustento a 35 famílias”, ressalvou a parlamentar, garantindo que este número é muito significativo para um meio tão pequeno.
Ora, segundo Júlia Rodrigues, “esta situação não pode ser ignorada por este Governo, uma vez que, como nenhum outro, deu atenção ao interior do país com a criação da unidade de missão para a valorização do interior e com a apresentação e implementação do programa nacional para a coesão territorial”.
Deste modo, Júlia Rodrigues pergunta ao Ministério da Educação se há condições de, a título excecional, se garantir por um período transitório a coexistência do ensino público e privado nas áreas geográficas carenciadas, integrado num novo aviso de abertura de procedimento de candidatura.
Melhores cumprimentos,
Gabinete de Imprensa GPPS