Nota à Comunicação Social
Lara Martinho quer PME açorianas a aproveitar oportunidades dos novos acordos comerciais
Nota à Comunicação Social
A deputada do PS Lara Martinho reivindicou ontem, durante a audição do ministro Augusto Santos Silva na Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, uma ação nacional e europeia que permita às pequenas e médias empresas, principalmente às mais afastadas dos mercados, como é o caso das empresas açorianas, “aproveitarem ainda mais as oportunidades criadas pelos novos acordos comerciais que estão a ser implementados a nível europeu”.
A 1 de fevereiro entra em vigor o acordo económico entre a União Europeia (UE) e o Japão, “que é mais uma oportunidade económica também para os Açores”, principalmente para o setor dos laticínios, referiu a parlamentar açoriana.
Lara Martinho, que foi relatora no âmbito da Comissão de Negócios Estrangeiros do parecer sobre a proposta de assinatura do Acordo de Parceria Estratégica entre a UE e o Japão, defende que “a concretização desta parceria é realizada num momento em que a ordem internacional como a conhecemos está a ser posta em causa e em que, cada vez mais, assistimos a políticas protecionistas, o que reforça ainda mais a importância da sua assinatura”.
“Estes acordos – o económico e o estratégico – ajudarão a UE e o Japão a promover conjuntamente a paz, a estabilidade e a prosperidade a nível mundial, bem como valores comuns, como os direitos humanos, a democracia e o Estado de direito”, sublinhou.
Lara Martinho reforçou que, em termos económicos, se abrirá “uma importante porta ao estabelecer uma zona económica com cerca de 600 milhões de pessoas e abrangendo 30% do PIB mundial”.
“Este é um resultado ‘win-win’, com importantes vantagens mútuas para a UE e para o Japão. De salientar que o Japão reconhece o estatuto especial de cerca de 200 indicações geográficas, entre elas o queijo de São Jorge”, asseverou.
A deputada do PS perguntou ainda ao ministro dos Negócios Estrangeiros se existem dados que permitam avaliar os benefícios do Acordo Integral de Economia e Comércio entre a União Europeia e o Canadá (CETA), que já está em vigor há mais de um ano.
Augusto Santos Silva revelou que ainda é cedo para “ter uma ideia firme dos resultados do CETA”, mas é certo que as empresas portuguesas tiveram uma grande dinâmica. Segundo o governante, o impacto económico é muito elevado, sendo o impacto geopolítico “enorme”.
Deputada pede reforço da Força Aérea nos Açores
Já hoje, durante a audição do chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Manuel Teixeira Rolo, na Comissão de Defesa, a deputada açoriana lembrou que vivemos num mundo instável e cada vez mais imprevisível e que a Lei de Programação Militar (LPM) procura dar resposta às grandes responsabilidades nacionais, a médio-longo prazo, até pela futura expansão da plataforma continental portuguesa, que aumentará a área de solo e subsolo marinho sob soberania nacional. Face a tudo isto, Lara Martinho questionou se haverá reforço de meios nos Açores, “tendo em conta o importante papel que os Açores têm nas operações de busca e salvamento, mas também o contributo que podem dar em termos de vigilância e acompanhamento do nosso espaço marítimo no âmbito da futura expansão da plataforma continental portuguesa”.
O chefe do Estado-Maior da Força Aérea assegurou que não “há ninguém a nível nacional que não reconheça a importância estratégica dos Açores”, mas que não identificou ainda a necessidade de reforçar o efetivo”. Revelou ainda que tudo o que tem sido solicitado tem sido feito e que a Força Aérea (FA) tem realizado “missões de vigilância e de patrulhamento em cooperação com a Marinha”, admitindo ainda que a extensão da plataforma continental obrigue a um reforço de presença da FA no arquipélago.
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 16 de janeiro de 2019