Nota à Comunicação Social
Ministro da Defesa assume libertação de verbas para imóveis abandonados pelos EUA na Terceira
Nota à Comunicação Social
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, assegurou hoje que haverá libertação de verbas da lei das infraestruturas militares para garantir segurança dos imóveis abandonados pelos Estados Unidos na ilha Terceira.
O governante falava numa audição no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2018 na especialidade em resposta a um apelo feito pela deputada do PS eleita pelos Açores. Lara Martinho lembrou que “a base das Lajes continua a ser um tema central, uma questão nacional, que continua a exigir uma ação redobrada deste Governo”, para lembrar uma questão que preocupa os socialistas açorianos na República. “Há uma questão que também nos preocupa que se prende com as infraestruturas abandonadas pelos EUA”, afirmou. “São vários os imóveis que estão desocupados, um ativo com grande potencial para alavancar a dinamização da economia da ilha Terceira, que não pode ser votado ao esquecimento e, por isso, alertava o senhor ministro para a importância de se manter este ativo em condições que permitam a sua utilização futura”, acrescentou.
Lara Martinho revelou ainda “que este Governo ao contrário do anterior tem olhado para a base das Lajes com outros olhos e trabalhado num conjunto de projetos para o desenvolvimento estrutural da ilha Terceira e para alterar o próprio destino da base das Lajes”. E exemplificou: “Falo da criação Air Azores Center, sem esquecer o recente projeto do Governo dos Açores, a Terceira Tech Island, e claro, do Centro de Segurança Atlântica enquanto Centro de Excelência da NATO”.
A deputada terceirense lembrou ainda que na última passagem do governante pelas Lajes, mencionou que estava a ser finalizado o modelo do Centro de Segurança Atlântica (CSA), e afirmou que vários países já foram sondados e já manifestaram interesse no CSA na base das Lajes, para questionar sobre o ponto de situação. “Tendo em conta que na reunião dos ministros da Defesa da NATO que terminou ontem foi acordado avançarem com um plano para estabelecer dois novos comandos militares para melhorar a movimentação de tropas no espaço do Atlântico e no seio da Europa, devido à crescente ameaça russa”, lembrou Lara Martinho, para questionar: “Qual a possibilidade de Portugal e a base das Lajes acolher o novo comando marítimo para o Atlântico?”
Na resposta, o ministro também apresentou boas notícias. “O anúncio da criação do Comando do Atlântico representa uma viragem bem-vinda na forma como a NATO olha as questões da segurança e defesa”, afirmou, revelando que Portugal reivindica um papel na sua dimensão atlântica. Sobre os próximos passos do CSA, anunciou uma resolução do conselho de ministros para se consolidar o objeto e o planeamento que se pretende que este organismo tenha. Azeredo Lopes mão deixou de comentar a questão da descontaminação da ilha Terceira, também levantada por Lara Martinho. O governante disse que está agendada já uma reunião do Ministério dos Negócios Estrangeiros na comissão de Ambiente para debater a questão ambiental das Lajes.
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 10 novembro de 2017