Nota à Comunicação Social
Pedro do Carmo defende que exportação de animais vivos é crucial para a economia do mundo rural
Nota à Comunicação Social
O deputado do PS Pedro do Carmo defendeu hoje que a exportação de animais vivos deve continuar, não sendo necessário alterar a legislação em vigor. O socialista eleito pelo círculo de Beja falava no Parlamento durante a discussão de uma petição, projetos de lei do PAN e projetos de resolução do PAN, PEV e Bloco de Esquerda que exigem que se adotem medidas mais restritivas no transporte de animais vivos por via marítima.
Pedro do Carmo frisou que os regulamentos comunitários sobre esta matéria “são exigentes e estão a ser cumpridos”. “A Direção-Geral de Agricultura e Veterinária acompanha o transporte e embarque, garantindo o cumprimento da lei. Prova disso é a proibição de alguns navios de operar em Portugal por falta de condições”, frisou.
O socialista deu alguns números: “Num total de 101 embarques que permitiram a exportação de 648.607 cabeças de gado, 184.651 bovinos e 463.956 ovinos, morreram durante a viagem, em média, 5 ovinos e 1,5 bovinos por embarque”.
O parlamentar referiu ainda que, “do destino, chegaram ao nosso país apenas quatro notificações de animais sujos de entre as 101 viagens realizadas”.
Ou seja, “Portugal é um bom exemplo e, por isso mesmo, devemos exigir que a Direção-Geral de Agricultura e Veterinária mantenha – se possível até reforce – a fiscalização e controle das condições dos navios e respetiva tripulação”, defendeu.
| “O PS é, como sempre foi, um defensor das medidas que visam o bem-estar animal”
Pedro do Carmo dirigiu-se às restantes bancadas para afirmar, com ironia, que “não se criam animais de pecuária para admirá-los”, mas sim para “abate para alimentação dos seres humanos”.
E sublinhou: “Este mercado ajuda a manter explorações no interior que, de outra forma, seriam inviáveis. Consequentemente, contribui para fixar pessoas no mundo rural”.
“A manutenção deste mercado aumenta as garantias da saúde animal, pois os animais exportados ficam de quarentena, são sujeitos a uma ‘pool’ de análises que comprovam a sua saúde”, afiançou.
Pedro do Carmo terminou a sua intervenção pedindo que se continue a “confiar nos nossos produtores, para que continuem a criar animais de qualidade que são, sem dúvida, a principal razão do sucesso deste mercado”.
Gabinete de Imprensa GPPS
Lisboa, 17 de janeiro de 2019