Nota à Comunicação Social
PS quer que ministra da Saúde e Direção Executiva do SNS expliquem vagas vazias no internato médico
O Grupo Parlamentar do PS requereu a audição da ministra da Saúde, da Direção Executiva do SNS, da Ordem dos Médicos, da Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS) e do Conselho Nacional do Internato Médico (CNIM) para apurar os motivos que levaram a que 469 vagas no internato médico tenham ficado por preencher.
No concurso de acesso à formação especializada de 2025 verificaram-se 469 vagas não preenchidas no internato médico, o que representa o pior resultado dos últimos anos. Com um total de 2.331 vagas abertas, só 1.862 foram ocupadas, correspondendo a cerca de 20% de vagas vazias.
As especialidades mais afetadas foram Medicina Geral e Familiar, em que ficaram por preencher 229 das 690 vagas abertas, Medicina Interna, com apenas 52% das vagas ocupadas, Medicina Intensiva e Saúde Pública. Para os socialistas, o “fenómeno crescente de vagas não ocupadas em especialidades estruturantes” levanta “preocupações quanto à sustentabilidade da resposta assistencial, sobretudo em regiões do país com maiores assimetrias de acesso”.
No requerimento, os deputados do PS salientam que a distribuição das “vagas por especialidade e por unidade de saúde não foi ainda disponibilizada de forma completa e desagregada, impedindo uma análise rigorosa do fenómeno”.
Ora, “a determinação da capacidade formativa, a definição das vagas e o seu ajustamento às necessidades do país dependem de vários intervenientes institucionais, nomeadamente a Administração Central do Sistema de Saúde, o Ministério da Saúde, a Direção Executiva do SNS e ainda entidades com responsabilidade setorial, como a Ordem dos Médicos”. Por isso, o Grupo Parlamentar do PS quer ouvir estas quatro entidades, e ainda o Conselho Nacional do Internato Médico, na Comissão Parlamentar de Saúde.
Gabinete de Imprensa do GPPS
02 de dezembro de 2025