Nota à Comunicação Social
PS questiona Ministra do Trabalho sobre 350 postos de trabalho da empresa Coindu em Arcos de Valdevez
Os deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista dirigiram hoje uma pergunta à Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social sobre a notícia de que a unidade de Arcos de Valdevez da empresa Coindu será encerrada até ao final de dezembro, colocando no desemprego cerca de 350 trabalhadores.
“O futuro da Coindu e dos seus trabalhadores preocupa os deputados do Partido Socialista, que querem saber que acompanhamento está o Governo a fazer desta situação e que soluções procura para os trabalhadores visados”, afirmam os parlamentares.
O PS questiona a ministra sobre o acompanhamento que foi feito da situação da COINDU até ao anúncio de encerramento da unidade de Arcos de Valdevez e se o Governo tinha conhecimento de dificuldades, salários em atraso ou outros incumprimentos na referida empresa. Na pergunta, os deputados questionam se os serviços competentes foram informados da decisão de encerramento da Coindu e se os procedimentos legais aplicáveis e as garantias dos trabalhadores estão a ser integralmente cumpridos e qual é o acompanhamento que está a ser feito por parte dos serviços e do Governo.
Os deputados perguntam ainda se a Autoridade das Condições do Trabalho (ACT) foi chamada a verificar a legalidade da situação e que ações foram desenvolvidas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P. e pelo Instituto da Segurança Social, I.P. para garantir apoio aos trabalhadores que serão despedidos. Por fim, os deputados querem esclarecer se estão a ser desenvolvidas medidas no âmbito da empregabilidade e/ou requalificação destas pessoas e qual o número de trabalhadores abrangidos.
Os parlamentares afirmam que “de acordo com informação do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), o encerramento surge depois da compra da Coindu pelo Grupo Mastrotto há pouco mais de um mês e que a estrutura sindical indica ainda que este processo foi levado a cabo sem informação e consulta dos trabalhadores, apontando assim para uma situação de violação da lei”.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez já referiu, em notícias vindas a público, estar em contacto com o Ministério da Economia e o Instituto do Emprego e Formação Profissional para encontrar soluções para os trabalhadores que serão despedidos. João Manuel Esteves referiu ainda que este processo tem um impacto grande no concelho, uma vez que um terço dos trabalhadores da Coindu residem em Arcos de Valdevez.
Em outubro, o Gruppo Mastrotto anunciou, em comunicado, a aquisição de uma participação maioritária na Coindu, através de uma contribuição de capital para apoiar o relançamento do negócio. “Esta transação faz com que a Coindu se torne parte de um grupo líder da indústria de couro, consolidando a sua estabilidade financeira e operacional. Para o Gruppo Mastrotto, esta operação visa avançar a integração vertical, aumentando a capacidade da empresa de oferecer soluções de ponta a ponta para os interiores dos automóveis e fortalecendo sua posição competitiva no mercado global”, lê-se da nota citada pelos jornais.
Gabinete de Imprensa do GPPS
29 de novembro de 2024