
OE 2018: João Galamba acusa PSD de votar contra a generalidade dos portugueses
O deputado e porta-voz do PS João Galamba afirmou hoje compreender o anunciado voto contra do PSD à proposta de Orçamento de Estado porque esta representa o contrário da anterior política do executivo de Pedro Passos Coelho, considerando que o PSD estará a votar contra a generalidade dos portugueses.
Em reação ao anúncio feito pelo ainda líder do PSD de que o seu partido votará contra o OE para 2018, classificando a proposta como uma agregação de “interesses particulares”, João Galamba vê a decisão de Pedro Passos Coelho como “natural”, por ser o oposto da sua política de governo contra os portugueses, entendendo que a alusão aos interesses particulares deve referir-se ao facto do orçamento para o próximo ano prosseguir na melhoria das condições de vida dos portugueses.
“Pedro Passos Coelho governou contra os portugueses e é natural que, agora, na oposição, reprove uma proposta de Orçamento do Estado que, pelo terceiro ano consecutivo, faz o contrário do que fez o executivo que Pedro Passos Coelho liderou. Quando fala em interesses particulares, Pedro Passos Coelho deve estar a referir-se ao aumento generalizado das condições de vida dos portugueses no próximo ano”, afirmou.
Para o deputado do PS, o presidente do PSD, no fundo, “está contra os contribuintes que em 2018 vão pagar menos IRS, está contra os pensionistas que vão ter aumentos acima da inflação no próximo ano e está contra as famílias com filhos que terão os abonos de família reforçados”.
“Portanto, Pedro Passos Coelho vota contra a generalidade dos portugueses”, conclui, considerando que “só não vota contra o aumento do salário mínimo nacional em 2018, para 583 euros, porque essa não é matéria objeto de votação parlamentar”.
João Galamba considera que, por todas estas razões, “percebe-se que Pedro Passos Coelho não goste desta proposta de Orçamento do Estado e vote contra ela”.
Contudo, “a questão é que os portugueses não percebem a posição do PSD. Pedro Passos Coelho falou também numa ausência de futuro, mas o futuro da política seguida pelo presidente do PSD era um futuro sem portugueses”, acusou o porta-voz do PS, fazendo notar que o partido de Passos Coelho se prepara para votar contra uma proposta que, “pelo terceiro ano consecutivo, vai reduzir o défice, atingindo todas as metas orçamentais” e que “reduz a dívida pública em 2018″.