
OE25 é um orçamento de “perceções erradas”
A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Marina Gonçalves assegurou hoje que o Orçamento do Estado para 2025 é “um orçamento de perceções erradas” e exemplificou com os casos de desinvestimento na saúde e na habitação, e com os diversos casos de números trocados.
Durante a discussão na especialidade o Orçamento do Estado para 2025, Marina Gonçalves comentou que se trata de um documento de “perceções” e sublinhou que, de acordo com a proposta do Governo, “o crescimento económico fica abaixo da média dos últimos oito anos”.
O Orçamento “prevê uma desaceleração da criação de emprego já no próximo ano, fala de abrandamento nas remunerações por trabalhador, mas é também um Orçamento no qual num dia temos estes dados e, no dia seguinte, temos um Governo que nos diz que não é verdade, que estes dados são errados”, lamentou.
A vice-presidente da bancada do PS acrescentou que o documento orçamental “insiste em medidas fiscais erradas” para o objetivo que devia ser comum da valorização da economia. “E, por isso, é mesmo um Orçamento de perceções erradas”, sustentou.
Marina Gonçalves referiu-se, em seguida, ao desinvestimento nos serviços públicos e deu o exemplo da saúde: “Ao mesmo tempo que aprovam portarias que valorizam o privado em detrimento do SNS, ao mesmo tempo que aprovam medidas dos seguros da saúde, chumbam medidas – que já agora o primeiro-ministro disse ter aceitado no diálogo prévio ao Orçamento de Estado – para salvaguardar e valorizar os trabalhadores e criar um regime de exclusividade no SNS”.
“Também na habitação disseram que concordavam com a medida [do PS] de investimento na habitação para a classe média, mas depois, no Parlamento, junta-se a direita toda para votar contra o investimento naquilo que é fundamental para os nossos jovens e a classe média”, criticou.
Relativamente às pensões, Marina Gonçalves apelou à aprovação da proposta do Partido Socialista numa demonstração de “respeito”: “Respeitemos os nossos idosos, respeitemos a nossa população e vamos unir-nos a aprovar a proposta do Partido Socialista para as pensões e fazer este Orçamento menos mau e dar uma boa proposta de justiça para os nossos pensionistas”.