País precisa de uma economia mais competitiva e que valorize os trabalhadores
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou o Governo da AD de falhar “gravemente nas funções de soberania” e defendeu uma economia “mais competitiva e mais produtiva, que valorize e que incentive os empresários” e os trabalhadores.
“O Governo tem falhado tanto e em áreas vitais à vida das pessoas”, como a habitação, a saúde e a educação, acusou José Luís Carneiro durante o jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS.
O líder do Partido Socialista mostrou-se a favor de uma “economia europeia e nacional que seja mais competitiva e mais produtiva, que valorize e incentive os empresários que investem, que arriscam e que são conscientes da sua responsabilidade social”.
O PS quer construir um país que tenha “políticas fiscais que valorizem as empresas, mas que também valorizem os trabalhadores”, sendo “capaz de pagar melhores salários às mais jovens e mais qualificadas gerações que esperam realizar as suas vidas no nosso país”.
José Luís Carneiro recordou quando enviou, no passado mês de julho, uma carta ao primeiro-ministro para aproveitar a “oportunidade histórica” e modernizar a infraestrutura da economia “com inovação, conhecimento, com transformação da nossa infraestrutura produtiva a partir dos investimentos previstos para a Defesa Nacional e para a segurança e planeamento de Proteção Civil”.
“Somos defensores do direito internacional, do multilateralismo e é pena que o Governo não aproveite mais a disponibilidade do PS para, na frente externa, trabalharmos mais na defesa destes valores fundamentais para a afirmação de Portugal no mundo”, lamentou.
“O Governo, quando tem de fazer opções claras, esquece-se do PS, dos valores sociais-democratas, dos valores democratas cristãos e dos valores do humanismo”
“O Governo, quando tem de fazer opções claras, esquece-se do PS, dos valores sociais-democratas, dos valores democratas cristãos e dos valores do humanismo”
José Luís Carneiro sustentou que “ficou claro que o Governo, quando tem de fazer opções claras, esquece-se do PS, esquece-se dos valores sociais-democratas, esquece-se dos valores democratas cristãos e esquece-se dos valores do humanismo”.
Num discurso muito centrado na Europa, o secretário-geral do PS frisou que quando “participamos na defesa de uma Europa estrategicamente autónoma, estamos a dizer que queremos uma Europa capaz de se autodeterminar na sua defesa e na sua segurança, uma Europa que se faça respeitar, mesmo em relação aos seus aliados estratégicos”.
Pulverização de votos à esquerda beneficia apenas a direita
No seu discurso, José Luís Carneiro pediu aos deputados do Partido Socialista para se empenharem “ativamente” na candidatura de António José Seguro às presidenciais, para que consiga ir à segunda volta.
É a única candidatura do espaço político da esquerda que consegue passar à segunda volta, defendeu o líder do PS, que deixou um apelo a todas as outras candidaturas: “A pulverização dos votos à esquerda apenas beneficia a direita e a extrema-direita nestas eleições”.
