

Pânico lançado pelo PSD dá mais força ao PS para continuar a construir um SNS mais capaz
A deputada Joana Lima lamentou hoje que o PSD agende debates sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para tentar “desinformar os portugueses, em vez de informar”, e assegurou que o PS continuará a trabalhar para reforçar o SNS.
“Nunca é demais relembrar o Orçamento do Estado para este ano, recentemente aqui aprovado, aliás chumbado por todas as bancadas da direita e da esquerda [à esquerda do PS] e que entrou em vigor já no dia 1 de janeiro, onde houve um investimento como nunca houve outro igual para podermos ter um SNS de qualidade para todos”, começou por indicar a socialista.
Joana Lima mencionou que a “dotação orçamental do SNS atinge um crescimento de 72% desde 2015” e congratulou-se por o Governo do PS ter vindo a atingir, “de forma consecutiva, o maior investimento financeiro em sede de Orçamento do Estado para o Serviço Nacional de Saúde”.
No entanto, os socialistas são realistas e estão “cientes de que um Serviço Nacional de Saúde público, universal e tendencialmente gratuito em situações epidémicas e nas épocas de inverno enfrenta constrangimentos”, asseverou.
Dirigindo-se principalmente às bancadas da direita, Joana Lima recordou que “também nos privados portugueses há cerca de quatro ou cinco horas de espera”.
Por isso, o Governo do Partido Socialista tomou “todas as medidas necessárias para diminuir estas falhas”, vincou a deputada, enumerando-as: “Foram reforçados os recursos financeiros e os humanos na saúde, foram prestados mais cuidados de saúde, mas também, como sabem, há mais necessidades e consequente maior procura de cuidados. Hoje temos uma esperança média de vida muito alta que carece de muitos cuidados de saúde. Por isso temos de apostar na melhoria da organização do SNS e é isso que estamos a fazer”.
“Por forma a responder atempadamente aos casos de doença aguda não emergente, os centros de saúde mantiveram e vão manter nos próximos fins-de-semana um horário de atendimento alargado”, tendo estado cerca de 190 unidades a funcionar na véspera do Natal e do Ano Novo, assinalou.
A deputada do PS referiu também que “foi aprovado o diploma que generaliza as unidades locais de saúde para todo o país”, passando o SNS, no final desta reforma, “de uma estrutura de 99 instituições para 44 instituições”.
SNS e os seus profissionais têm dado o seu melhor
Joana Lima aproveitou para enaltecer o “trabalho incansável” dos profissionais de saúde, que o Partido Socialista sempre irá valorizar, “daí que um dos temas de ação deste Governo tenha sido, sem dúvida, o recrutamento, a retenção e a motivação dos nossos profissionais”.
O que contrasta com a posição do PSD, que agendou o debate desta manhã e “nem uma palavra de conforto disse aos profissionais de saúde que estão lá fora a defender e a salvar os portugueses”, notou.
“Os dados de que dispomos revelam que, apesar das dificuldades, o SNS e todos os seus profissionais têm dado o seu melhor e a prova disso é que todos os dias, em todo o país, são garantidos mais de 137 mil consultas nos centros de saúde, mais de 73 mil consultas de enfermagem, mais de 50 mil consultas nos hospitais, mais de três mil cirurgias. Isto por dia”, salientou a socialista.
Indicando que o SNS “conta atualmente com cerca de 150 mil profissionais, mais 30 mil que em 2015”, Joana Lima assegurou que é com a ajuda destes profissionais que os socialistas continuarão “a lutar e a trabalhar para reforçar o Serviço Nacional de Saúde”.
“Nem a desvalorização que o PSD tem demonstrado, aliás lançando o pânico sobre os portugueses, nos desmotiva. Pelo contrário, ainda nos dá mais força, mais energia, mais capacidade para construirmos um SNS mais capaz para responder aos portugueses que dele precisam”, disse.