O Presidente do Grupo Parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, recordou hoje que a redução do IRS está prevista no Programa de Estabilidade entregue em abril pelo Governo, o que demonstra a “previsibilidade e equilíbrio” desta maioria, ao contrário de “certos partidos” que entram agora “numa espécie de leilão fiscal”, ao arrepio do que prometeram há menos de dois anos.

Numa critica ao PSD, Eurico Brilhante Dias acusou este partido de ignorar as boas práticas orçamentais e a lei travão ao prometer “reduções fiscais permanentes ao mesmo tempo que garante contas certas”.

“Esta maioria acredita na progressividade fiscal e a classe média sabe quem está ao seu lado nos momentos de maior exigência”, afirmou o líder da bancada socialista numa declaração política na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, lembrando que foi o PS que se candidatou “prometendo aumentar o peso dos salários no PIB e aumentar a progressividade do IRS”.

O líder parlamentar do PS apontou o crescimento da economia portuguesa, destacando a descida da inflação para 3,7%, em agosto, abaixo da maioria dos países da zona euro, salientando o impacto das medidas de apoio às famílias como o IVA Zero, “apesar das afirmações do líder do principal partido da oposição contra a medida”.

“Mais uma análise falhada. Se dúvidas houvesse, fica bem patente que seguir as ideias do PPD/PSD não dá bons resultados”, criticou.

Eurico Brilhante Dias lembrou o crescimento económico de 6,7% em 2022, o que coloca Portugal como o 5º país da OCDE com o crescimento mais elevado, assinalando ainda o aumento das exportações, que em 2022 representaram, pela primeira vez, mais de 50% do PIB, assim como o “maior número de sempre de trabalhadores” e a evolução desde 2019 do peso dos salários no PIB nacional.

“Ao contrário do que a oposição vaticinava, 2022 e 2023 foram anos de crescimento económico, de aumento do emprego e dos rendimentos e de redução de dívida pública”, afirmou, frisando que “esta primeira sessão legislativa foi um verdadeiro cemitério das profecias apocalípticas da oposição”, numa alusão a um aparte de um deputado do PSD que vaticinava que o PS podia conduzir o país a uma bancarrota.

“Convenhamos que foi uma profecia que falhou redondamente. Agora a oposição convertida que suspirava pelo diabo promete a “torto e a direito” descidas de impostos. É caso para dizer que é uma conversão sem ato de contrição”, disse.