
PS lamenta ânsia do CDS em criticar Governo na tragédia dos incêndios
“O CDS procura a todo e qualquer custo retirar dividendos políticos do que sucedeu” em junho em Pedrógão Grande, acusou hoje, no Parlamento, o vice-presidente da bancada do PS Pedro Delgado Alves, depois de o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães, ter defendido que a ministra da Administração Interna não tem condições para se manter no cargo.
Pedro Delgado Alves lembrou que na passada quarta-feira, durante a apresentação dos relatórios sobre os incêndios, a ministra Constança Urbano de Sousa, “longe de fazer acusações como o líder parlamentar do CDS referia, longe de um passa culpas, o que fez foi a prestação de contas e a apresentação detalhada dos factos que até este momento estão apurados e, mais importante, a adoção de medidas que visam corrigir coisas identificadas como imperfeitas e que podem ser corrigidas no futuro”.
O deputado do PS deu como exemplos da ação do Governo o reforço da plataforma de comunicações, da formação dos agentes no terreno e da adoção de medidas que reforcem a fiscalização dos sistemas de comunicações.
“Há uma contradição insanável na ânsia absoluta em criticar o Governo. Mais do que resolver os problemas operacionais detetados, mais do que melhorar as comunicações e a capacidade operacional, o CDS está mais preocupado em marcar pontos” através de uma política mediática, alertou o parlamentar socialista.
Pedro Delgado Alves criticou o CDS-PP por estar “sempre a sublinhar que é necessário fazer o apuramento” do que aconteceu e, quando a ministra da tutela revela que está a ser feito, o CDS “vem queixar-se”.