

Reconhecimento do Estado da Palestina tornou-se um imperativo político e ético
O vice-presidente da bancada do PS João Torres defendeu que “Portugal deve ser parte da solução e nunca cúmplice da tragédia” e, por isso, o Governo português deve reconhecer de imediato o Estado da Palestina.
“O reconhecimento do Estado da Palestina não é um gesto vazio, é também a rejeição dos extremismos e dos radicalismos, e é sobretudo a rejeição da neutralidade perante a crueldade e a barbárie”, defendeu João Torres durante a apresentação do projeto de resolução do PS que recomenda ao Governo o reconhecimento imediato do Estado da Palestina.
“Portugal deve ser parte da solução e nunca cúmplice da tragédia”
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS frisou que, “desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 e da resposta militar de Israel, a situação humanitária agravou-se de forma brutal”.
“A ocupação prolongada, a expansão de colonatos e o bloqueio sistemático de qualquer horizonte de negociação são, simplesmente, inaceitáveis”, vincou o socialista, que assegurou que, “neste contexto, o reconhecimento do Estado da Palestina deixou de ser apenas um ato simbólico ou diplomático, tornou-se um imperativo político e ético”.
Sustentando que “não há paz sem justiça”, João Torres sublinhou que “a segurança de Israel só será plena quando for partilhada com um Estado palestiniano livre, viável e soberano”.
Reconhecimento do Estado da Palestina é uma mensagem de esperança
João Torres salientou que “Portugal tem uma tradição diplomática de que nos devemos orgulhar: uma tradição de defesa do Direito Internacional, da paz e do diálogo. Essa tradição exige, no entanto, uma posição clara”.
O reconhecimento do Estado da Palestina “não é um fim”, assegurou o vice-presidente da bancada do PS, esclarecendo que é antes “uma mensagem de esperança para quem, em Gaza, resiste ao terrorismo e à destruição, e para quem, em Israel, se opõe à ocupação e à retórica extremista”.
“É também uma oportunidade para recuperar a credibilidade da diplomacia internacional, hoje ameaçada pela paralisia e pela resignação”, concluiu.