

Decisão da administração do Novo Banco de atribuir prémios de gestão é “imoral”
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista considera a atribuição, por parte do Novo Banco, de prémios no total de 1,86 milhões de euros relativos ao desempenho da equipa de gestão em 2020, ano em que o banco terminou com um prejuízo líquido de 1.329 milhões de euros, uma atitude “imoral”, assegurou hoje, no Parlamento, o vice-presidente da bancada do PS João Paulo Correia.
“A administração do Novo Banco decidiu atribuir prémios de gestão aos seus administradores e ao topo da gestão da instituição. O PS considera que essa decisão é imoral”, lamentou o dirigente socialista em declarações aos jornalistas.
João Paulo Correia recordou que “o Novo Banco depende do apoio do Fundo de Resolução”. “Sabemos também que estes prémios de gestão dizem respeito ao ano de 2020. O ano de 2020 foi um ano em que a gestão do Novo Banco registou um prejuízo brutal”, frisou.
O deputado do PS frisou depois que “o país vive numa crise económica e social que está dentro de portas de muitas empresas e muitas famílias”, piorando o “contexto em que esta decisão é tomada”.
Somando a este facto o apoio do Fundo de Resolução à instituição bancária, a atribuição dos “prémios de gestão de dois milhões de euros é uma decisão – por muitas razões – imoral”, asseverou João Paulo Correia.