

Edite Estrela insta Conselho da Europa a exigir um cessar-fogo em Gaza e o reconhecimento de dois Estados
A deputada do PS Edite Estrela pediu o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e o reconhecimento dos dois Estados, israelita e palestiniano, defendendo ser a única solução para a paz e segurança da população.
Durante uma sessão plenária da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) sobre a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, Edite Estrela sublinhou que as Nações Unidas têm afirmado a necessidade da criação de dois Estados e lembrou que, este ano, países como a Austrália, Canadá, Portugal, França, Luxemburgo, Malta, Mónaco e San Marino reconheceram a Palestina como um Estado.
No entanto, a resposta do primeiro-ministro israelita foi de que um Estado da Palestina “nunca acontecerá”, tendo igualmente recusado uma retirada de Gaza, lamentou.
A presidente da delegação portuguesa à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa vincou que “esta não é uma posição de negociação”, salientando que “a paz só virá quando ambos os povos forem reconhecidos, respeitados e livres”.
A socialista disse que “o chamado Plano Trump reduz a autoridade palestiniana a um espectador e fala da administração de Gaza em termos que lembram o Iraque – ocupação disfarçada de transição, sem responsabilidade, sem legitimidade e sem esperança”.
No meio de toda esta situação, a Europa foi “marginalizada”, denunciou. “Se a voz da Europa for silenciada, a voz do equilíbrio e do direito internacional será silenciada com ela”, assegurou Edite Estrela.
A deputada do PS alertou ainda para o elevado número de jornalistas que foram assassinados na Faixa de Gaza desde outubro de 2023: mais de 200. “Eles não eram terroristas, eram testemunhas. Sem o seu trabalho, a responsabilização morre; sem a sua coragem, as vítimas são apagadas duas vezes: uma pela violência e outra pelo silêncio”, defendeu.
Edite Estrela pediu, assim, ao Conselho da Europa para atuar: “Precisamos de exigir um cessar-fogo imediato, precisamos de abrir as portas para a ajuda”.