

Edite Estrela quer saber qual o investimento de Portugal em Defesa
A deputada do PS Edite Estrela instou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros a esclarecer qual o investimento de Portugal em Defesa, um tema que ganha mais importância com os alertas do Banco de Portugal e do Conselho de Finanças Públicas para “riscos de deterioração orçamental”.
“Sabemos que a Europa tem de assumir uma maior responsabilidade pela sua própria defesa, a invasão da Ucrânia pela Rússia evidenciou essa necessidade”, sublinhou a socialista no debate sobre as prioridades da presidência dinamarquesa do Conselho da União Europeia, acrescentado que “o comportamento errático e imprevisível de Donald Trump reforçou tal evidência”.
No entanto, “a segurança não se mede apenas em mísseis e drones”, alertou Edite Estrela, salientando que “a segurança também resulta de se ter uma vida digna, acesso à educação, à habitação, aos cuidados de saúde”.
Dirigindo-se ao governante, Edite Estrela defendeu que “convém esclarecer qual o investimento de Portugal em Defesa no curto prazo” e recordou as declarações contraditórias do ministro dos Negócios Estrangeiros e do primeiro-ministro. “Esse esclarecimento é tanto mais necessário quando o Banco de Portugal e o Conselho de Finanças Públicas alertam para riscos de deterioração orçamental”, vincou.
Edite Estrela assegurou que “precisamos de uma Europa que inove e lidere”. Necessitamos, pois, “de um forte investimento público e de uma verdadeira política industrial para que as empresas europeias e portuguesas – e não as americanas – se desenvolvam para dar resposta às nossas necessidades e, desse modo, possam beneficiar do elevado investimento em Segurança e Defesa”, disse.
A também presidente da Comissão de Assuntos Europeus considerou “imperioso” o ministro referir a catástrofe humanitária em Gaza e questionou “quantas crianças mais têm de morrer para lhe chamarmos genocídio”.
Classificando o que está a acontecer na Faixa de Gaza como uma “barbárie”, Edite Estrela perguntou “o que leva a Europa e Portugal a não reconhecerem de imediato o Estado da Palestina”.