

Papel do Politécnico de Castelo Branco e suas escolas na coesão territorial deve ser prosseguido
O deputado do Partido Socialista Nuno Fazenda defendeu hoje, no Parlamento, que “o Politécnico de Castelo Branco e as suas escolas – incluindo a de Idanha-a-Nova – têm tido um papel fundamental na coesão territorial” e sublinhou a necessidade de se encontrar uma solução “que salvaguarde o projeto educativo da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova e do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), em prol de um país mais coeso e de um interior mais forte”.
“As instituições de ensino superior assumem um papel fundamental no interior, pois permitem atrair jovens, criar massa crítica e gerar conhecimento”, começou por apontar o socialista na apresentação do projeto de resolução do PS que recomenda ao Governo que promova uma solução capaz de proteger o projeto educativo em Idanha-a-Nova e em Castelo Branco, depois de uma deliberação do IPCB que prevê a sua reestruturação organizacional, com a perda da sede e da autonomia da Escola de Gestão de Idanha-a-Nova.
Ora, nos últimos anos, “resultando da qualidade das universidades e dos politécnicos do interior e das políticas públicas que têm sido adotadas e lideradas pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o número de alunos inscritos no interior do país cresceu 11% desde 2015 e o peso dos estudantes estrangeiros no interior tem aumentado de forma significativa”, exemplificou o parlamentar, que garantiu que “o Instituto Politécnico de Castelo Branco, desde 2015, quase triplicou este valor”.
Destacando o “papel fundamental” do Politécnico de Castelo Branco e das suas escolas “na coesão territorial”, Nuno Fazenda defendeu que este “trabalho muito positivo” deve ser “incentivado, apoiado e prosseguido”.
“Mas a coesão territorial é também intrarregional. A decisão de ter sido localizada, desde 1991, a sede de uma Escola Superior (a ESGIN) em Idanha-a-Nova, tem permitido atrair, fixar e formar jovens, de Portugal e do estrangeiro, num concelho fortemente envelhecido, localizado no interior do interior”, frisou.
O deputado do PS explicou depois que, “no quadro da autonomia das instituições de ensino superior, que se encontra constitucionalmente consagrada, o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco aprovou uma reestruturação que prevê a redução das atuais seis escolas superiores para quatro novas escolas”.
“Sem deixar de saudar o trabalho muito positivo que o Politécnico de Castelo Branco e a sua Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova têm vindo a realizar em prol dos concelhos e da região”, o Partido Socialista considera “que a descentralização de ofertas educativas, com base em estratégias convergentes e num trabalho em rede, poderão projetar ainda mais o IPCB e as suas escolas”.
Desta forma, o Grupo Parlamentar do PS recomenda ao Governo, “em primeiro lugar, a manutenção da intensidade da oferta formativa existente quer em Castelo Branco, quer em Idanha-a-Nova, e, em segundo, a existência em cada um destes concelhos de estruturas permanentes vocacionadas para o apoio técnico e administrativo às atividades do Instituto e das unidades orgânicas aí localizadas, incluindo ao funcionamento dos respetivos órgãos de gestão”, referiu Nuno Fazenda.