Eurico Brilhante Dias notou hoje que os diferentes grupos parlamentares, “na sua generalidade”, apoiam o acordo do Governo com produtores e distribuidores para combater a inflação e destacou que a “marca fundamental do PS” é estar “sempre ao lado dos portugueses” nos momentos difíceis.

“Os grupos parlamentares, na sua generalidade, uns com mais desconfiança quanto ao comportamento de produtores e distribuidores, outros dizendo que a medida vem tarde, mas, globalmente, estão todos de acordo com a proposta do Governo de diminuir os custos do cabaz alimentar ao reduzir o IVA”, salientou o presidente da bancada socialista no encerramento do debate sobre a isenção de IVA a certos produtos alimentares.

Assegurando que não há verdadeira alternativa ao caminho que o Governo está a seguir, Eurico Brilhante Dias usou uma comparação: “O IVA passará a ser zero por cento neste cabaz, a alternativa também é zero”.

O líder parlamentar do PS comentou em seguida que o deputado do PSD Afonso Oliveira afirmou no debate desta tarde que, “afinal, vai acompanhar a iniciativa do Governo”. “Isso é bom, é saudável e, por isso, cá estamos nós, mais uma vez, a alargar esta maioria absoluta a outras bancadas”, sustentou.

“O Governo não entrou neste hemiciclo sozinho, entrou naturalmente com o apoio destes 120 deputados, mas apresentando aqui o quarto acordo com a sociedade civil” – o acordo com produtores e distribuidores para combater a inflação – congratulou-se o presidente do Grupo Parlamentar do PS, asseverando que “isto significa governar bem”.

Trata-se de “um acordo único, uma forma diferente e inovadora de fazer descer o IVA com compromisso com produtores e distribuidores, uma forma única de entender o exercício governativo”, defendeu.

Eurico Brilhante Dias referiu depois que ouviu um “deputado do PPD/PSD sublinhar a expressão ‘enorme aumento de impostos’” e deixou um comentário com alguma ironia, aludindo ao anterior Executivo PSD/CDS: “Por momentos, a minha bancada ficou nervosa. Será que era o enorme aumento de impostos de Vítor Gaspar?”.

“Não era. Eram os nove mil milhões de redistribuição, de apoio aos mais vulneráveis e à classe média. Não eram cortes de salários com aumento de impostos”, clarificou.

O líder parlamentar do Partido Socialista concluiu a sua intervenção ressalvando a marca fundamental do PS: “Nos momentos difíceis, sempre ao lado dos portugueses”.