PS quer um acelerador de carreiras para tratar de forma igual todos os trabalhadores da administração pública
A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Marina Gonçalves alertou para a importância de se respeitar e tratar de forma igual todos os trabalhadores da administração pública e defendeu um acelerador de carreiras para a administração pública equivalente à recuperação da totalidade do tempo de serviço dos professores.
Salientando “o respeito pelos trabalhadores de uma forma generalizada na administração pública”, Marina Gonçalves explicou à bancada do PSD que, quando repuseram o tempo integral de serviço aos professores, o que faltou foi “garantir equidade entre trabalhadores”.
“Se, por um lado, vocês contam o tempo de serviço dos professores – e ainda bem –, vocês não fazem o mesmo para todos os trabalhadores da administração pública, porque não replicam aquela que foi a medida prevista pelo Partido Socialista quando fizemos a contagem parcial do tempo de serviço dos professores, que era o acelerador de carreiras”, indicou.
“Não há trabalhadores de primeira nem trabalhadores de segunda”
“Não há trabalhadores de primeira nem trabalhadores de segunda”
A vice-presidente da bancada sublinhou o caminho feito pelo Partido Socialista “de descongelamento das carreiras, de contagem de tempo de serviço, nomeadamente para os professores, mas depois com o acelerador de carreiras para toda a administração pública”.
Num tom de crítica, Marina Gonçalves declarou que “a bancada do PSD está precisamente onde sempre esteve: numa luta contra os trabalhadores, desprotegendo-os”.
Ora, “não há trabalhadores de primeira, nem trabalhadores de segunda”, vincou. Por isso, o Partido Socialista apresentou um projeto de resolução “justo” que recomenda que o acelerador de carreiras responda de forma equitativa à administração pública e, ao mesmo tempo, capacite e atraia para a administração pública “os melhores trabalhadores para que possamos ter serviços públicos de qualidade”, sustentou Marina Gonçalves.
Semana de quatro dias na administração pública
O Grupo Parlamentar do PS apresentou também um projeto de resolução pelo alargamento da experiência da semana de quatro dias nos setores privado e público.
A deputada Joana Lima explicou que “quando o PS propõe a semana de quatro dias para os trabalhadores da função pública e para os trabalhadores do setor empresarial do Estado, não é um capricho ou um luxo, é mesmo uma estratégia para modernizar o Estado e para torná-lo mais eficiente e mais atrativo”.
O principal objetivo é “ter trabalhadores motivados, conciliando a sua vida profissional com a vida familiar”, esclareceu.
De acordo com Joana Lima, “esta medida colocaria o nosso país na linha da frente das políticas laborais modernas”.
Por sua vez, a vice-presidente do Grupo Parlamentar Ana Paula Bernardo criticou uma insinuação da bancada do Chega de que “a semana de quatro dias serve para as mulheres ficarem em casa a fazer marmitas”.
Trata-se de uma afirmação que “ofende profundamente todos os trabalhadores e todas as mulheres”, disse a socialista, que acrescentou que é algo que “diz mais sobre quem a profere do que sobre o valor da medida em si”.
