
Governo começou a trabalhar na valorização da carreira docente antes das greves
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Porfírio Silva salientou hoje o contributo do Governo para melhorar a carreira docente e apelou à construção de convergências para que todos os problemas possam ser resolvidos, em vez de se explorar as manifestações na rua.
Porfírio Silva destacou, durante o debate sobre educação agendado pelo PSD, que o Governo do PS começou em setembro – antes das manifestações e das greves dos professores – a tentar resolver dois problemas “particularmente graves e específicos” na carreira docente: a precariedade e a instabilidade, ou seja, “a chamada ‘casa às costas’”.
“Não esperámos pelas manifestações, não esperámos pelas greves para vir ao Parlamento tentar explorar a rua como outros fazem. Começámos antes disso, porque estava no programa do Governo”, assinalou.
Admitindo que “há outros problemas para resolver”, o dirigente socialista defendeu a necessidade de se ir “construindo convergências e acordos”.
Aqui, Porfírio Silva deixou um aviso aos social-democratas: “Aquilo que há para fazer não é voltando para trás, não é voltando a introduzir – embora disfarçadamente, com vergonha – exames em momentos de escolaridade onde não existem exames em nenhum país civilizado do mundo. Não há nenhum país civilizado do mundo que tenha exames no 4º ano de escolaridade e é aquilo que, embora envergonhadamente, o PSD quer voltar a fazer”.
O vice-presidente da bancada do PS sustentou que é preciso “apostar na inteligência da escola”. “Não podemos continuar a ter soluções bonapartistas, iguais para todos, automáticas e universais quando o que precisamos é de gestão flexível”, esclareceu.
Porfírio Silva destacou o “papel fundamental” dos profissionais de educação na progressão da escola pública portuguesa e, por isso, considerou “justo” que queiram continuar a ser valorizados nas suas carreiras.